sábado, 30 de maio de 2009

Cotista ou não cotista, eis a questão

Por: Priscilla Sousa (Opinião)

Quem quer ser cotista? Este questionamento ganha pertinência quando se trata de um país cujo preconceito racial é latente e a diversidade impera, tornando a análise do sistema de cotas muito mais complexo. Devido ao alto grau de miscigenação do povo, todos (de certa maneira) descendentes de negros, ou indígenas, etc. se consideram no direito de “entrar no esquema” nem que seja pela janela. Muitos deixam de lado velhos princípios - como o mérito acadêmico - e anseiam ter os requisitos necessários para serem “contemplados” com uma vaga na universidade amparando-se das cotas. Outros avaliam este sistema como algo subversivo e discriminante.

Entretanto não se pode ignorar o fato de que há no Brasil uma grande desigualdade econômica, social e educacional que torna a política das cotas uma alternativa razoável, porém longe de ser ideal. Uma medida artificial e ilusória como esta pretende, na verdade, mascarar o real problema que é a desastrosa e abandonada educação básica no país que há muito tempo aguarda por uma reestruturação.


Desde sua criação, o sistema de reserva de vagas nas universidades públicas vem suscitando fervorosas discussões e dividindo opiniões. Muitos o defendem porque acreditam que esta seria uma forma de compensar uma “injustiça histórica”, incutindo assim uma conotação racial em um problema que é essencialmente educacional. No entanto, apesar de muitas reclamações, somente na última segunda-feira (25/03) o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro suspendeu a lei estadual 5.346, do ano de 2008 que previa vagas para negros, índios, estudantes da rede pública de ensino, portadores de deficiência, filhos de policiais, bombeiros, militares, inspetores de segurança e administração penitenciária que foram mortos ou incapacitados em razão do serviço.

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP), moveu uma ação de representação de inconstitucionalidade contra a lei de cotas no órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ) por considerá-la discriminatória, e por 13 votos a sete, conseguiu liminar suspendendo os efeitos da mesma. Porém o governador Sérgio Cabral informou que irá recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Novamente em pauta, o tema está longe de obter uma solução a contento de todos. Interesses individuais, questões financeiras e entrevero político são alguns dos empecilhos que dificultam a elaboração de uma legítima reconfiguração no modelo ancião e putrefato do sistema educacional vigente. A criação de recursos que colaborem para o desenvolvimento social e intelectual das minorias e desfavorecidos deve ser milimetricamente estudado e discutido coletivamente para então ser colocado em prática. Mas não seria com mais uma ação segregadora e baseada no esquema “tapa buracos” que se firma na ignorância e desinformação de muitos que vá haver uma autêntica transformação.

Saiba +
+
Alunos querem que Uerj use autonomia para garantir lei de cotas

+ Recurso contra liminar que suspendeu cotas será julgado na segunda

+ Movimento protesta por agilidade na votação das cotas

Enquete: Você acredita que o sistema de cotas fere o princípio de igualdade definido na Constituição?
O Sim, pois as cotas distinguem o indivíduo pela raça, cor ou classe social infringindo assim a base do artigo quinto da Constituição que diz que “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”.
O Não, porque o que a Constituição se refere é a igualdade como um todo, incluindo a de oportunidades educacionais.

Fórum: O estabelecimento das cotas pode estigmatizar os próprios beneficiários (negros, pardos, índios, etc) como sendo incompetentes e por esta razão indignos de estar em uma universidade?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Jornalismo democrático fora da Lei

Por: Priscilla Sousa (Opinião)

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou no dia 30 de abril a
revogação da Lei de Imprensa (nº 5.250/67) acolhendo a ação formalizada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Sete dos 11 ministros votaram a favor da invalidação total da lei, três concordaram parcialmente e somente o ministro Marco Aurélio votou pela manutenção.

Para alguns, o fim de uma lei que foi perpetrada em 1967 no tenebroso período da ditadura militar é algo que deva ser comemorado, celebrado como uma vitória da democracia e do progresso. Todavia, nem todos estão festejando esta decisão do Supremo. Juristas, profissionais de comunicação e até mesmo pessoas comuns analisam a revogação como um retrocesso e um tanto quanto intimidadora, pois “freia” o exercício de representação da voz do povo efetuado pelos jornalistas há anos.

Ao colocar na balança quem ganha e quem perde com esta decisão do STF, o peso é bem maior para o lado dos jornalistas. O que deveria ocorrer não é uma anulação completa da Lei de Imprensa e sim uma reestruturação da mesma, criando-se uma nova e mais democrática que garantiria aos jornalistas direitos básicos como a de não assinar matérias contra suas crenças ou ideologias – sem correr o risco de serem demitidos por consequência disso –, além de, por exercer o ofício de emitir opiniões, deveriam ter um tratamento penal diferenciado, cuja pena de privação da liberdade somente poderia ser exercida quando fossem efetuadas pelos jornalistas práticas absurdas e eticamente condenáveis. Vale lembrar que os jornais também se encontram no lado fraco da balança. Caso imperasse no Brasil uma lei realmente democrática os veículos só poderiam ser processados onde tivessem suas sedes e dessa maneira evitariam responder a processos destinados a filiados.

Por fim, outro elemento que compõe este grupo é o
cidadão comum que nesta onda de anulação de tudo e todos, perde também um importante direito: o de resposta. Isso porque com a falta de uma legislação específica, muitos juízes provavelmente relutarão em infligir um direito que, embora formalmente garantido pela Constituição, seguramente só obterá concretude com a instauração da Lei de Imprensa (democrática) que agora deixa de existir por completo.

A decisão é polêmica e apresenta diversas questões a serem debatidas e avaliadas, como por exemplo, o aniquilamento de penas prisionais específicas para a classe jornalística além de alterações nas formas de indenização para crimes de danos morais e mudanças no direito de resposta, que passa a ser analisado individualmente e de acordo com o artigo quinto da Constituição que prevê o “direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.”
Clique aqui para ler mais sobre este artigo.

Mas por outro lado, pode-se dizer que a “extinção” da Lei também conta com pontos positivos. Como a instauração de penas mais brandas no que se refere a crimes de injúria, calúnia e difamação que, por serem julgados fundamentados na Constituição e nos códigos Civil e Penal não há mais o risco de que se condene o jornalista em até três anos de prisão (como ocorria antes da revogação da lei). Contudo, são autorizadas pesadas indenizações contra profissionais e empresas de comunicação que cometam os delitos supracitados. E com isso, o “fazer jornalístico” é prejudicado pois a insegurança jurídica interfere diretamente no direito a liberdade e democracia ao “podar” o alcance do jornalista que se vê ainda mais encurralado pelos interesses editorias que, obviamente, não querem correr o risco de sofrerem financeiramente.


Além disso, a suspensão da lei proíbe, por exemplo, que o jornalista resguarde o sigilo da fonte. E isto é muito mais que um direito, é um dever do repórter cujo descumprimento acarretará em violação de segredo profissional e, consequentemente, perda de confiança. Se antes já era difícil para o jornalista exercer a sua profissão devido a tamanha hipocrisia e falta de ética existente no próprio meio e tendo que “driblar” o seleto grupo de poderosos detentores de capital e políticos corruptos, com mais este empecilho o exercício desta árdua tarefa que é informar ao povo as falcatruas e joguetes existentes nos meandros dos grandes poderes e desmascarar os inescrupulosos será algo ainda mais complicado.

Em suma, a deliberação do STF abre alas para duas visões bem distintas: uma delas otimista, na qual esta decisão teria como objetivo final a criação de uma nova (e aprimorada) Lei que seria aprovada pelo Congresso Nacional. Por outro lado o que se observa é uma perspectiva pessimista, que se evidencia nas alocuções ufanistas (e equivocadas) que afirmam que tal revogação exalaria a democracia no país. Isso nada mais é do que mais uma dessas promessas nas quais a população já está cansada de ouvir e os jornalistas já especializados em desmentir. Mas o povo brasileiro, como está presente no axioma, “não desiste nunca” e espera, roga e faz promessa para que o Congresso edite o quanto antes uma Lei de Imprensa que seja legitimamente democrática. Que garanta o direito de liberdade de informação a todos, primando pela ética e responsabilidade.

Saiba +
+
Revogação da Lei de Imprensa não impede nova regra para o setor, diz Mendes

+
OAB elogia revogação da Lei de Imprensa pelo Supremo

+ Revogar Lei de Imprensa não deixa vazio legal, diz Lula

Enquete: Você acredita que o Congresso Nacional irá aprovar rapidamente uma nova Lei de Imprensa?
O Sim, essa seria a atitude mais acertada caso se pretenda chegar a um nível social de verdadeira democracia.
O Não, pois isso não seria interessante para eles e daria muito "trabalho"...

Fórum: Tendo em vista que a Lei de Imprensa foi instaurada há mais de 40 anos, na sua opinião porque ela demorou tanto tempo para ser contestada?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Meia-Entrada. Benefício ou Farsa?

Por: Paulo Cardoso (opinião)

RIO - A meia-entrada é lei e direito de estudantes e também de idosos. Porém, ela passou a ser usada como valor de entrada normal com o uso de espertas estratégias de vendas de ingressos já que alguns promotores cobram a meia-entrada para todos igualando os preços para estudantes e não-estudantes. Além disso, a quantidade de falsos estudantes com carteirinha falsificada é muito alta.

Infelizmente, a falsificação da carteirinha de estudante é uma prática comum na sociedade brasileira o que vem causando polêmica entre a classe artística, produtores de shows e entidades que defendem os direitos estudantis.

Para tentar corrigir esses problemas, a Comissão de Defesa do Consumidor e a Câmara dos Deputados estuda proposta que visa limitar em 40% o total de meias entradas para cada evento. O projeto determina também que as carteirinhas de estudantes passem a ser confeccionadas pela casa da moeda com a intenção de diminuir os preços das entradas para os espetáculos.

A lei da meia-entrada foi uma maneira de democratizar a cultura, fazendo com que os estudantes tivessem acesso às casas de espetáculos, shows, cinemas, teatros, estádios esportivos, museus etc. Por isso sou enfático em afirmar que ela NÃO deve ser alterada. O consumidor comum é o grande prejudicado. O que tem que ser feito é um controle maior - e punições mais severas - para quem emite carteirinhas falsas, incluindo também, não só o falsificador, mas quem adquiriu a carteira falsificada. Só assim será possível baratear o custo do ingresso que pode chegar de 30% à 40% no preço final segundo especialistas.

"Saiba Mais":

Leis da Meia-Entrada

As Distorções Provocadas Pela Lei de Meia-Entrada

Enquete:

Você conhece alguém que tenha comprado uma carteira de estudante falsificada?

() SIM! Já que isso é uma prática comum.

() NÃO! Não conheço ninguém que tenha adquirido carteirinha falsificada.

Fórum:

Pelo fim da meia-entrada. Contra ou a favor? Participe. Dê a sua opinião!

Fim do sistema de cotas nas universidades


Em 2008, o governo do Estado do Rio de Janeiro decretou a lei 5.346, que prevê o sistema de cotas para estudantes que consigam ingressar nas universidades estaduais. Filhos de policiais civis e militares, bombeiros militares, inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão de serviços também tem direito ao benefício.
De acordo com a lei, de autoria da Assembléia Legislativa do Rio, a finalidade é assegurar a seleção e classificação final dos exames vestibulares aos estudantes carentes. Devem ser reservadas 20% das vagas para negros e indígenas, 20% para estudantes vindos da rede pública. Os demais têm 5% das vagas como cota, no total 45% das vagas são reservadas para as cotas.
Nessa segunda-feira dia 26 de maio de 2009, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou o fim das cotas.
Um grupo, de 20 desembargadores, não teve uma decisão unânime. Mas venceu o fim da cota, por 13 votos a 6.
A Procuradoria-Geral do Estado entrou com a petição para que as mudanças no vestibular passem a valer só em 2010, para não prejudicar o processo seletivo de 2009, que já está em andamento.
O órgão especial do Tribunal de Justiça vai se reunir para tomar uma decisão. E em dois meses o mesmo grupo de desembargadores vai julgar se a lei é constitucional.

Concordo com o fim das cotas para os negros, afinal todos nós somos iguais independentes da cor de pele e temos plenas condições de disputar um mesmo lugar. O problema todo está na educação da rede pública que é pregária, temos que melhora a educação e não dar cotas para as pessoas por causa da sua cor. Isso acontece porque, o negro não tem acesso à educação, nem ao mercado de trabalho? Primeiro ponto, vencer o preconceito, negro ou branco, somos pessoas iguais, que temos que ter todos os direitos iguais. Agora, quando o assunto é cota para deficientes, sou totalmente a favor, pessoas que já estão debilitadas merecem vantagens é essas tem que existir, isso seria inadmissível.

Saiba mais:

Justiça suspende sistema de cotas no vestibular da UERJ, UENF e UEZO

Enquete: você concorda com o fim das cotas?

( ) Sim, direitos iguais à todos.

( ) Não, muitas pessoas estão em desvantagens, como pessoas carentes, negros e deficientes que na minha opinião merecem o sistema de cotas.

Fórum: O que podemos fazer para acabar com essa imagem de que o negro é menos desfavorecido? você acha que ainda hoje, em pleno século XXI, ainda existe preconceito racial?


Nada muda com o fim do sistema de cotas

Por Hanrrikson de Andrade (Opinião).

Assim como a maioria das políticas assistencialistas, o sistema de cotas nas universidades públicas surgiu de um déficit histórico na estrutura organizacional do Estado. Ao longo dos anos, perpetuou-se a máxima: é mais fácil fornecer o peixe do que ensinar um indivíduo a pescar. Portanto, se há uma disparidade socioeconômica, cultural e educacional entre os diversos grupos sociais, torna-se até certo ponto compreensível – porém não justificável – a criação de um atalho para o ingresso de grupos “minoritários” no ensino superior. No limiar dos argumentos apocalípticos e fervorosos apresentados por gregos e troianos, cada qual pensando unilateralmente, surge um questionamento: as cotas são realmente um elemento facilitador?

Tal discussão, que caíra no esquecimento depois de inúmeras tentativas fracassadas de veto, voltou à tona depois que o
Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu, no dia 25 de maio deste ano, uma liminar suspendendo a Lei estadual 5.346, de 2008, que garantia vagas a negros, indígenas, alunos da rede pública de ensino, pessoas portadoras de deficiência, filhos de policiais civis e militares, bombeiros militares e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão do serviço. A ação, impetrada pelo deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro (PP), alega inconstitucionalidade, porém o mérito ainda será julgado pelos desembargadores do TJ.

Há dois aspectos centrais pelos quais passa o embate: se o tal “elemento facilitador” não resolve o problema da Educação, que é processual e necessita de uma reforma na base de sua macroestrutura, por outro lado o veto também não se mostra capaz de fomentar o debate, isto é, não há formulação de alternativas, tampouco indícios de que, a partir da discussão coletiva, a sociedade poderá chegar a algum tipo de isonomia. Os atos políticos, sejam contrários ou favoráveis ao sistema de cotas, aparentemente configuram mais um “jogo de interesses”, no qual a defesa de um determinado grupo nunca se dá de forma “gratuita”. Mais uma vez, a tendência é a estagnação.

SAIBA MAIS:
Uerj quer embargo da decisão que suspendeu sistema de cotas
Haddad acredita que discussão sobre cotas deve terminar no STF
Veja o exemplo da UFMT sobre a proposta de cotas para as universidades públicas

ENQUETE
No mercado de trabalho, há distinção entre um profissional que passara no vestibular e outro que ingressara na universidade por meio do sistema de cotas? Vote aqui:

( ) SIM. O profissional aprovado no vestibular é mais valorizado em relação ao que ingressara na universidade por meio do sistema de cotas.
( ) NÃO. As empresas veem tais profissionais da mesma forma, não fazendo distinção quanto à forma de ingresso na universidade.

FÓRUM
O sistema de cotas é, de fato, um retrocesso na política educacional do país? O que deve ser feito para reestruturar o sistema de ensino a fim de garantir condições iguais aos indivíduos de todos os grupos sociais? Dê a sua opinião!

Direito de entrar na Universidade é para todos


Por: Lara Martinho ( Opinião)

O sistema de cotas existe porque a educação no nosso Estado é precária e tem muitas falhas. Nossas escolas não estão preparadas para atender todos os alunos e ainda por cima não possuem estrutura para atender crianças portadoras de necessidades especiais.
Com o fim do decreto, a desigualdade social e a descriminação com essas pessoas que dependem do ensino público irá aumentar e a chance de entrar numa Universidade e no mercado de trabalho ficará ainda mais distante de ser concretizado.
A UERJ é contra o decreto da Justiça do fim das cotas até porque segundo o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, o percentual de cotas nunca foi totalmente preenchido então não há lógica para acabar com as cotas que é uma forma de superar a desigualdade social. O vestibular deste ano terá que sofrer alterações devido à decisão da justiça.
Segundo o secretário da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio, Alexandre Cardoso ,"É um absurdo interromper o edital do vestibular deste ano. A primeira fase da UERJ começa em junho".
Deve-se ver o outro lado também que são os alunos não cotistas que querem ter o direito de estudar numa Universidade pública como os cotistas. Segundo o reitor a prova para cotistas e não cotista é a igual, o que muda é a pontuação que deve ser atingida.
Para que a suspensão da lei seja válida é necessário que o governo faça um melhor planejamento do ensino básico e que dê suporte aos alunos da rede pública para despertar nelas o interesse pelo o estudo, assim todos terão direitos iguais no ingresso a Universidade. Acredita-se que essa assistência tem que ser feita para todos negros, indígenas, portadores de necessidades especiais e todos que são considerados cotistas. Só assim a desigualdade e a descriminação serão abolidas nessa questão e todos, cotistas ou não terão o direito de entrar na Universidade.

Saiba mais:
Justiça suspende sistema de cotas em universidades do Rio de Janeiro

Vestibular 2009: Bolsonaro defende o fim das cotas e denuncia racismo nas universidades do Rio

Com oferta de vagas exclusivas para negros maior do que a procura, Uerj reavalia sistema de cotas

Enquete: Você acha que vai mudar alguma coisa a suspensão das cotas?

( ) Sim. Todos terão direitos iguais ao acesso a Universidade.

( ) Não. A desigualdade vai permanecer.

Fórum: Você é a favor do fim do sistema de cotas? Como estudante independente da sua cor o que você acha disso?

Fim das cotas em universidades causam polêmica

Por : Isabelle Caroline ( opinião)

Em uma decisão de 13 votos a 6, desembargadores de órgão especial no Rio de Janeiro decretam o fim das cotas em universidades estaduais.O que pode prejudicar o processo seletivo de 2009, que já está em andamento.
Segundo o autor do pedido, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP), as cotas têm caráter discriminatório e pode provocar o “acirramento” no mercado de trabalho.
“Ela é discriminatória com todo mundo. A partir do momento que a cota quer promover um privilegio para determinado setor, ela vai promover um outro demérito para um outro setor”, afirmou o deputado.
Já o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, responsável pelas universidades do estado, defende o sistema de cotas. “Essa política é fundamental para a democracia, para a integração social e para o equilíbrio que o Brasil precisa” afirmou Cardoso
A decisão impede a reserva de vagas para negros, indígenas e alunos da rede pública.O tribunal de Justiça ainda vai julgar o mérito da questão , mas a decisão já está em vigor.
A questão das cotas sempre foi um assunto muito polêmico. Desde que entrou em vigor, a discussão gira em torno de que seria melhor a implantação das cotas ou a melhoria do ensino básico.Também foi questionado se a medida seria apenas para tentar camuflar toda a história de uma sociedade discriminatória.
Talvez, melhorar o ensino básico seria a melhor opção para que os candidatos a uma vaga possam competir de uma forma mais digna.Porém este efeito é de longo prazo e por isso, acredito que enquanto não houver um progresso no ensino público do país, as cotas devem existir para ajudar aos que precisam.Porém, deve haver uma restrição maior, pois existem muitos negros da classe média, com alto grau de instrução que entram para as universidades públicas pelo sistema de cotas e este não é o único caso.


Saiba mais:
Bolsonaro defende o fim das cotas e denuncia racismo nas universidades do Rio

Secretário promete que vai fazer tudo para garantir cotas no vestibular 2009


Fórum:
O que você acha do sistema de ensino brasileiro? Acredita que um dia possa melhorar e dar mais condições aos estudantes a prestar concurso, sem o privilégio das cotas?

Enquete:
Você concorda com a decisão do deputado em acabar com as cotas?
( ) Sim
( ) Não

Fim do sistema de cotas





Por: Mariana Pontual (Opinião)

Na ultima segunda-feira (25) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a Lei Estadual 5.346, que prevê a cotas nas universidades estaduais, segundo o TJ essa lei seria inconstitucional, já que perante a lei todos somos igual independente de raça, sexo ou condições financeiras.

Seria muito errado de nossa parte concordar mos com essa questão, pois, não é justo que um aluno que seja pardo ou negro tenha preferência na hora de concorrer há uma vaga em qualquer tipo de universidade pública no país. Por exemplo: você concordaria se na hora de você ou um parece seu perca sua vaga para um aluno que pertence às cotas? Isso aconteceu em São Paulo, cerca de um ano atrás, quando um aluno concorrente a uma vaga em medicina na USP perdeu sua vaga para um aluno de cotas, sendo que o aluno de cotas tirou cerda de 20 pontos a menos que o aluno que não estava utilizando o sistema de cotas.

Isso é um absurdo, os governantes estão tentando “tapar o sol com a peneira”, ao invés de investir em mais vagas nas universidades públicas e investir na construção de mais universidades, os governantes dando um “jeitinho brasileiro” de colocar uma diversidade de alunos na universidade. Isso é completamente injusto com os alunos que passaram 2 ou 3 anos estudando para ingressar na faculdade e ter um futuro melhor, independente de ter estudando em colégio público ou não.

Ou seja, o que podemos observar com essa lei é que ela passa a ser racista e discriminatória com a grande maioria da população brasileira, pois, se levarmos em consideração cerca de 90% dos brasileiros é descendentes de negros. Já que a partir do momento que “devemos” reservar vagas especiais para negros, estamos tendo uma atitude hipócrita já que segundo a constituição somos todo igual independente da cor.

Links:
Justiça suspende sistema de cotas em universidades do Rio de Janeiro
Enquete:
Você concorda com o sistema de cotas para negos, indios e pardos?
( ) Sim, eu acho que eles ja sofreram muito com a escravidão e o preconceito racial.
( ) Não, afinal todos são iguais perante a lei.
Forum:
Opine aqui sobre sua opinião em relação ao sisntema de cotas:

Fim do sistema de cotas nas universidades fluminenses causa polêmica.

Por: Paulo Cardoso (opinião)

RIO - De um lado, negros, índios, portadores de deficiência e estudantes de escolas públicas. Do outro, estudantes - em sua maioria brancos - provenientes de escolas particulares e de classe social mais abastada, que não enfrentariam grandes dificuldades para assumir os custos de permanência no ensino superior.

Essas classes voltaram a entrar em conflito devido à decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que concedeu, na última segunda-feira (25/05), liminar suspensiva que anula os efeitos da lei estadual que estabelece cotas em universidades do Rio.

Para uns o objetivo das cotas é promover a igualdade social, tendo em vista que afrodescendentes e cidadãos de baixa renda tem menos chances de chegar ao ensino superior. Para outros, o sistema de cotas apenas serve de propaganda política e para aumentar a segregação social.

Para mim ela é tudo isso e mais um pouco. Ela é demagógica, discriminatória e não atinge seus objetivos, por provocar um acirramento da discriminação na sociedade entre cotistas e não- cotistas. A seleção deve ser feita única e exclusivamente por mérito na classificação final nos exames vestibulares.

"Saiba Mais":
Cotas nas Universidades

Enquete:
Você é a favor ou contra? Dê a sua opinião!
() SIM! As minorias precisam ter acesso ao ensino superior.
() NÃO! O acesso à universidade deve ser por meritocracia.

Fórum:
Na sua opinião o que vai acontecer? Até quando o critério da pele vai continuar prevalecendo?Participe!

Análise do Jornalismo Colaborativo Online

Por: Andréia Homem
O site terra através do “Vc repórter” oferece aos internautas a possibilidade de participar do conteúdo do site enviando notícias, fotos e vídeos, através do computador ou até mesmo do próprio celular.
Para colaborar basta preencher um formulário e assinar o termo de responsabilidade pelo material encaminhado. As “matérias” são assinadas pelo internauta que as manda, e na própria página do serviço há dicas de como “produzir” a matéria, incluindo orientações sobre como escrever o texto, tirar boas fotos e fazer bons vídeos, para que ela fique o mais próximo possível de uma matéria jornalística.
Com as informações disponibilizadas de forma simples e bem destacadas devido ao tamanho das fontes e do layout do site, não há como não encontrar a forma de enviar o material e de visualizar o que já foi postado.
No site do O Globo online há o “Eu repórter” que é uma forma dos internautas também participarem do conteúdo do jornal com sugestões de matérias, enviando notícias, fotos e vídeos. O próprio espaço é nomeado como “Aqui você faz a sua história”.
O layout da página do colaborador quase se confunde com uma editoria normal, com as matérias diagramadas e disponibilizadas, sendo todas creditadas por quem as enviou. Mas com um caráter menos jornalístico, a meu ver parece mais um blog do que um espaço de notícias feito por qualquer internauta.

O jornalismo colaborativo é muito importante, pois o que passaria despercebido ao olhar jornalístico, devido a baixa relevância para a sociedade e o pouco tempo para se apurar muita coisa em diferentes lugares, nesse espaço encontra visibilidade e importância.

O leitor/ internauta tem que ter seu espaço de falar e sugerir pautas, afinal é para ele que tudo é feito. Mas é essencial uma filtragem do conteúdo para não ser divulgado notícias falsas ou com informações precipitadas que mal foram apuradas.

Sou a favor do jornalismo colaborativo e acho sua existência fundamental para qualquer veículo de informação, sendo necessário reservar um espaço e indicá-lo para isso, afinal, não é por nada que existe a formação de Jornalismo, que deve permanecer sendo respeitada.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Jornalismo Colaborativo: análise dos canais virtuais de “jornalismo cidadão” dos portais Terra e O Globo

Por: Priscilla Sousa (Opinião)

Com o desenvolvimento dos meios tecnológicos e a difusão cada vez maior da internet, o jornalismo colaborativo vem, aos poucos, galgando mais espaço e adeptos no Brasil. Visando uma aproximação maior com os leitores e com isso garantir a interatividade e a credibilidade, portais noticiosos tradicionais como O Globo e Terra já desenvolvem seções voltadas para o chamado “jornalismo cidadão”, são elas: o “Eu-Repórter” e o “Vc-Repórter”, respectivamente.
E apesar de terem sido criados com o mesmo objetivo, ao compará-los, evidenciam-se certas diferenças relacionadas, principalmente, ao espaço concedido para a inserção das matérias e a seleção das mesmas.

O “Eu-Repórter” do site O Globo, se pauta basicamente em matérias de serviço. Aumento nas tarifas de transporte público, greves, problemas com esgoto, luz e água, imprudência no trânsito, desgaste no asfaltamento, etc. É obrigatório que o conteúdo enviado tenha caráter noticioso mas valendo-se da visão particular dos leitores para a notícia divulgada. Sendo assim, todas as matérias possuem características de texto opinativo.


Seu nicho principal é o Rio de Janeiro, contudo pode-se encontrar na seção alguns artigos, imagens e textos enviados por pessoas de diversos locais. Leia aqui a matéria e veja as fotos enviadas pela leitora Ingrid Maria Rodrigues.


Outro diferencial na área colaborativa do site O Globo é a possibilidade do leitor selecionar, a seu ver, quais foram as melhores matérias e estas obterão como retorno um maior destaque no site.


No entanto no “Vc-Repórter” a abrangência é nacional e o conteúdo é mais amplo, variando de esportes e cultura até política e economia. É interessante ressaltar que a seção participativa do Terra não é exatamente uma editoria (como é o caso do “Eu-Repórter” do Globo) pois a matéria enviada pelo leitor é postada juntamente com as demais presentes no portal mas com o cuidado de informar logo no topo da mesma que ela foi enviada por um internauta.

Um outro diferencial em relação a estes dois canais virtuais de interação é que no do Terra há, disponibilizado para seus leitores, uma espécie de “manual” que apresenta de forma simples e clara as diversas maneiras que o usuário pode usufruir dos recursos presentes no site além de “ensinar” como gerar bons produtos de cunho noticioso. Enquanto que o “Eu-Repórter” do O Globo deixa a desejar neste aspecto.


Um processo que é exigido em ambos os sites é o cadastramento do usuário. Porém, mesmo neste sistema há certas distinções. No portal do Terra, o internauta necessita apenas informar o número da carteira de identidade (RG) e o Cadastro de Pessoa Física (CPF). Internautas com menos de 18 anos devem ser representados por seus responsáveis. Além disso, antes mesmo de se registrar é permitido ao usuário ler algumas matérias e logo após a inscrição, ele já pode enviar conteúdo.

Já o portal do O Globo há um rigor maior nas regras de inscrição. O site informa previamente que é proibida toda e qualquer divulgação de produtos jornalísticos desenvolvidos por outrem além de que tudo que for enviado será analisado pelos editores. É obrigatório que o leitor informe o endereço, seu nível de escolaridade e até mesmo se consome algum conteúdo do jornal. Antes do cadastro, o usuário não pode ler ou enviar nenhum material para o site.

Vale lembrar que, em ambos os sites, o internauta é informado antecipadamente sobre um determinado Termo de Compromisso e Cessão de Direitos Autorais no qual ele deverá concordar para contribuir com o portal.

Nova censura?

Por: Márcia Soligo (Opinião)

O projeto que propõe mudanças na Lei de Imprensa, proposto pelo Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) vem despertando muita polêmica no meio jornalístico e entre a população brasileira, já que algumas medidas previstas se aproximam da censura ocorrida durante a ditadura militar.

Embora a liberdade de imprensa nunca tenha existido completamente, ou talvez como foi idealizada, mudanças como a impossibilidade do profissional manter sua fonte são extremamente complicadas no exercício do jornalismo. A proibição das redes colaborativas também não acrescenta em nada para a imprensa nacional, somente atrasa uma evolução digital que caminha para o conhecimento e compartilhamento de ideias.

Honestamente, não consigo ver como o jornalismo colaborativo poderia se tornar prejudicial ou diminuir a qualidade do jornalismo praticado no país. O meio online, assim como os outros, apresenta um mundo de boas informações e cultura para aqueles que sabem filtrar, colocar uma pedra na evolução das mídias nunca resolveu nada.


É preciso se mobilizar e demonstrar que atitudes retrógradas como esta não propõem ou trazem nenhuma melhora para o momento que vivemos hoje. A censura poda a expressão livre de opiniões e apenas cria rebeldes, pois a vontade de dizer o que pensa não se extíngue.

Saiba Mais

- Projeto quer controlar acesso à internet

- Ato contra "Lei Azeredo" reúne militantes, Suplicy e fãs de Teatro Mágico em SP

- Entenda a polêmica sobre o impacto da lei de crimes cibernéticos

Vote

Você é a favor do projeto?
( ) Sim, é preciso que a imprensa tenha limites.
( ) Não, este projeto apresenta um atraso para o jornalismo no Brasil.

Opine

O projeto para a nova Lei de Imprensa terá que impactos se for aprovado? É possível prevê-los?

Revogação da Lei de Imprensa tem viés de intimidação

Por Hanrrikson de Andrade (Opinião).

A revogação da Lei de Imprensa – nº 5.250/67 –, definida no dia 30 de abril em votação no Supremo Tribunal Federal (STF), mais do que alterar o dispositivo jurídico que norteia a atuação dos jornalistas na sociedade brasileira, refuta a obsoleta e sórdida pré-disposição do Estado (que até então permanecia obscurecida por conta do fracasso administrativo da ditadura militar) a interferir no processo de circulação da informação. Em uma época marcada por sucessivos casos de corrupção, escândalos morais envolvendo políticos de todas as esferas (além das esposas, filhos, irmãos, funcionários fantasmas, laranjas, entre outros) e uma epidêmica desesperança em relação à possibilidade de mudança, derrubar a Lei de Imprensa é muito mais do que uma simples atitude revisionista: há viés de intimidação, isto é, a decisão pode ser encarada como uma repressão prévia para os que, nos últimos anos, têm se empenhado no sentido de desmascarar alguns dos criminosos eleitos pelo povo.

A ação, que fora impetrada em 2007 pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), obteve liminar parcial do ministro do Supremo Carlos Ayres Britto em fevereiro do ano passado. Com isso, todos os processos judiciais que invocaram a Lei de Imprensa – editada pelo Governo Militar em 1967 – e estavam em tramitação ficaram suspensos, assim como as decisões com base em 22 dispositivos dela. No julgamento do dia 30 de abril, sete dos 11 ministros do STF concordaram com o argumento de que a lei era “incompatível” com a Constituição Federal e votaram pela revogação total. Três foram parcialmente favoráveis e apenas o ministro Marco Aurélio votou pela manutenção.

Desde então, as penas de prisão específica para jornalistas deixaram de existir e os juízes ficaram proibidos de tomar decisões com base na extinta legislação. Os profissionais de comunicação são agora julgados com base nos código Penal, no Civil e na Constituição. Há mudanças também no que diz respeito às formas de indenização e, principalmente, ao direito de resposta – alguns ministros do Supremo, como Carlos Alberto Menezes Direito, defendem que o mesmo não é constitucional. O presidente do STF, Gilmar Mendes, favorável à revogação parcial, ainda se esforçou em argumentar quanto à manutenção do direito de resposta: "Vamos criar um vácuo jurídico em relação àquele que é o único direito de defesa do cidadão, a única forma de equalizar essa relação, que é desigual". Mas fracassou na tentativa de persuadir os colegas.

No entanto, há um outro tema que é ainda mais preocupante: o fim da exigência de diploma para jornalistas, que está à espera de julgamento no Supremo e tem chances reais de ser aprovada. Se já não bastasse o verdadeiro “sucateamento” do curso de Comunicação Social em todo o país – responsabilidade, em parte, da proliferação desenfreada de universidades privadas, que anualmente lançam ao mercado profissionais sem a menor qualificação (vide exemplo da própria Estácio) –, o mercado de trabalho tende a ficar ainda mais saturado, o que intensifica cortes no quadro de funcionários das redações, entre outras consequências.

Como dissera o tragicômico deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) ao ser questionado se condenaria ou não o deputado Edmar Moreira (investigado por uso irregular de verba indenizatória e atualmente sem partido), os políticos estão se “lixando” para a opinião pública. Porém, se há indiferença para com a sociedade como um todo, o mesmo não ocorre em relação a quem, teoricamente, desempenha o papel de formador de opinião. A derrubada da Lei de Imprensa mostra que o Estado se sente intimidado pelos meios de comunicação, o que o leva a tomar uma atitude preventiva, algo como “intimidar para não ser intimidado”. Num passado recente, uma ideologia análoga afundou o país no inferno da ditadura e resultou em irrecuperável retrocesso, na violação dos direitos humanos e em um número incalculável de mortes. Nos resta torcer para que esse fantasma esteja devidamente encarcerado nos porões de Brasília e não em plena atividade como alguns dos funcionários que circulam pelos gabinetes dos políticos.


ENQUETE
Você concorda com o fim da exigência de diploma para jornalistas, que está à espera de julgamento no Superior Tribunal Federal? Vote aqui:

( ) SIM. O desempenho da função jornalística não depende exclusivamente de uma formação acadêmica.
( ) NÃO. O fim da exigência de diploma é um desrespeito com os profissionais formados e pode saturar ainda mais o mercado de trabalho do jornalismo brasileiro.

FÓRUM
A revogação da Lei de Imprensa é contrária aos princípios do Estado Democrático de Direito? Ela pode ser interpretada como uma intimidação política em relação à atuação dos meios de comunicação na esfera pública? Dê a sua opinião!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vc-Repórter x Eu-Repórter: uma análise das seções de jornalismo colaborativo dos portais Terra e O Globo

Por Hanrrikson de Andrade (Opinião).

As seções de jornalismo colaborativo dos portais Terra e O Globo, “Vc-Repórter” e “Eu-Repórter”, respectivamente, surgiram de um princípio em comum: fomentar a participação dos leitores no processo de construção de conteúdo e, dessa forma, estreitar os laços de credibilidade e interação. No entanto, ao traçar um comparativo entre os dois, podemos observar algumas distinções básicas, principalmente no que diz respeito ao espaço de noticiabilidade (isto é, ao destaque dado a este tipo de material, em especial na home) e ao conjunto de critérios de seleção.

O “Eu-Repórter” é pautado fundamentalmente pelos assuntos de caráter urbano, tais como buracos em ruas, problemas de asfaltamento, acidentes de trânsito, vazamentos, alagamentos, infrações à lei, entre outros. Embora o seu “recorte” seja o Rio de Janeiro, a seção por vezes abre espaço para o material enviado por leitores de outros estados (como, por exemplo, a carta enviada por uma leitora cearense para o personagem João Buracão). Por exigência editorial, todo o conteúdo deve ser estritamente noticioso, porém há a preocupação em estabelecer uma integração entre o “Eu-Repórter” e a editoria “Opinião”, na qual os leitores podem se manifestar com artigos e textos opinativos.

O “Vc-Repórter”, por sua vez, tem abrangência nacional e, além dos assuntos urbanos – característica comum à maioria das seções de jornalismo participativo –, possui também conteúdo relacionado à economia (exemplo:
“Blumenau recebe R$ 63 milhões para prevenção de enchentes”), cultura (exemplo: “Beyoncé encanta portugueses em show”), esportes (exemplo: “Vitória impede emissora de TV de transmitir o jogo”), entre outros. Diferentemente de “O Globo”, o portal Terra não faz da página de “Vc-Repórter” uma editoria propriamente dita. As notícias veiculadas, embora tenham um selo de especificação e menção no título da matéria – no sentido de indicar que tal conteúdo fora enviado por um leitor (veja na foto abaixo) –, são indexadas com as demais.



Além disso, em O Globo, existe a possibilidade de estabelecer um ranking do conteúdo enviado pelos leitores. Ambos disponibilizam o serviço também em celulares por meio da tecnologia SMS – o usuário, além de poder enviar o conteúdo pelo celular, pode ler pequenos resumos das notícias, via SMS. O “Eu-Repórter”, porém, peca no sentido de não oferecer aos usuários informações mais didáticas a respeito do envio de conteúdo. Enquanto isso, o concorrente disponibiliza um link exclusivamente com tal finalidade, uma espécie de “guia ilustrado”, e ainda dá dicas para que os usuários possam escrever um bom texto, tirar uma boa foto, fazer um bom vídeo etc.

Há também distinções no que diz respeito ao sistema de cadastros. O portal de O Globo adota uma postura mais rigorosa: antes mesmo de ler ou enviar qualquer tipo de material, o usuário precisa se cadastrar no site. Ao informar as regras de participação, o veículo deixa claro que não será permitido qualquer tipo de divulgação de trabalhos jornalísticos por profissionais de comunicação e/ou fotógrafos profissionais, bem como free-lancers; e que todo o conteúdo enviado passará pelo crivo do corpo de editores do site. Ambos os sites informam previamente de que o usuário deverá concordar com um Termo de Compromisso e Cessão de Direitos Autorais.

Em relação ao Terra, menores de 18 anos devem ser representados por seus responsáveis legais para que possam efetuar o cadastro, no qual é necessário informar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o número da carteira de identidade (RG). O usuário pode, ao mesmo tempo em que efetuar o cadastro, já enviar um “conteúdo inicial” – diferentemente do concorrente, que exige um cadastramento prévio.

SAIBA MAIS:
Eu-Repórter: Leitores registram ação policial no morro Pavão-Pavãozinho
Vc-Repórter: Helicóptero cai e faz duas vítimas no sul da Bahia
Entenda o que é e como funciona o jornalismo colaborativo

ENQUETE
Você tem por hábito participar ativamente das seções de jornalismo colaborativo dos portais de internet? Vote aqui:

( ) SIM. Creio que esta é uma forma de contribuição com a sociedade em relação à circulação de informações.
( ) NÃO. Ainda não busquei informações mais precisas a respeito dessa nova ferramenta.

FÓRUM
O crescimento exponencial do chamado "jornalismo colaborativo" propõe uma série de discussões a respeito da possibilidade de participação do cidadão comum no processo jornalístico da "grande imprensa". Até que ponto essa nova vertente da atividade jornalística pode contribuir no sentido de estreitar os laços de afinidade entre veículos e leitores? Dê a sua opinião!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Lei de Imprensa

Por: Andréia Homem

A comunicação social, assim como qualquer relação entre os homens, requer uma organização e uma “certa” padronização da moral e dos costumes, para enfim manter uma ordem, onde todos sãos respeitados como cidadãos iguais, que possuem direitos e deveres. Dentre seus desafios encontra-se a ética quando utilizada para discernir até onde é um dever da comunicação falar e até onde é melhor ela não se pronunciar.
A atividade da Imprensa é regulada desde outubro de 1823, ainda no Império através da Carta de Lei. Durante a República duas leis foram elaboradas, a primeira foi derrogada pela Lei n° 5.250, de 9 de feveiro de 1967, que foi posta em prática durante o período da Ditadura Militar. Essa lei, chamada de Lei de Imprensa controla a liberdade das mídias até os dias de hoje, pois permanece com resquícios de um governo militar severo, aonde denúncias e qualquer forma de comunicação que ia de encontro com o interesse dos militares era feito através das entrelinhas.
Desde abril deste ano esta sendo votada a revogação dessa Lei no congresso, sendo de preferência da maioria. A revogação implica uma série de melhorias na profissão do comunicador, porém deixa-o muito exposto diante das decisões jurídicas.
Como aspirante a jornalista sou a favor da liberdade de expressão, mas quando utilizada com ética, pensando no próximo, nas conseqüências que nossos atos podem gerar diante da facilidade da projeção.
É muito importante que os juízes se coloquem de forma que entenda ambos os lados, para que nem o jornalismo e nem o cidadão receptor sejam prejudicados. Afinal sabemos que má fé existe em qualquer lugar, tanto na produção de notícias e propagandas, como na cabeça do cidadão que quer resolver sua vida financeira em cima das mídias.
Sou a favor da revogação da Lei de Imprensa, mas ao mesmo tempo gostaria que jurisprudências existissem para proteger a profissão que pretendo exercer, ou que alguma medida legal se encarregue de não nos deixar tão expostos, a mercê de uma variação de humor ou de intenções mal direcionadas.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Liberdade de expressão é um direito de todos

Por: Lara Martinho (Opinião)

Desde o Império que atividade da imprensa já era regulada, através da Carta de Lei de 2 de outubro de1823. Na República duas leis foram elaboradas, a primeira foi a Lei nº 2.183 de 12 de novembro de 1953. Esta foi derrogada pela Lei nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967, elaborada e posta em prática no período autoritário da Ditadura Militar, mas sua vigência persiste até hoje. No entanto, desde 1991 tramita no Congresso Nacional projeto da nova lei de imprensa. Com o advento da Constituição Federal de 1998, várias modificações sofreu a Lei 5.250/67. A principal delas foi quando à legitimação das liberdades de expressão, informação e de imprensa, que se encontra no Título VII, Capítulo V, Da Comunicação Social, artigos 220 à 224 da CF/88. Este capítulo inscreveu normas de comunicação coletiva, extinguiu a censura, inseriu o direito de resposta, o dever de informar e o direito de ser informado.
A legislação brasileira de imprensa é anterior a Proclamação à Independência. Nesta época onde o Brasil era Colônia da Corte Portuguesa, explica Costella (1970) que neste período não existia legislação no país referente à matéria, aplicava-se a lei portuguesa de 12 de julho de 1821, que foi posta em execução na Bahia. Essa lei versava que a contenção dos excessos na livre manifestação do pensamento pela imprensa seria o Júri, onde o conselho de sentença era chamado de Juízo dos Jurados composto por 24 cidadãos escolhidos pelo regente. A formação do Juizado de Fato ou Júri Escabinado, foi oficializado no Decreto de 22 de Novembro de 1823, outorgado por Dom Pedro I. O Júri Popular continuou tendo competência para julgar os crimes de imprensa.
Assim como todo cidadão tem o direito de ir e vir, a imprensa tem o direito de divulgar informações que julguem de interesse público e claro com direito de resposta quando necessário. O jornalista deve sempre agir com ética e falar a verdade. A imprensa sempre foi um faca de dois gumes onde o leitor, telespectador, ouvinte sempre espera da empresa de comunicação a veracidade para que a empresa tenha credibilidade perante seus espectadores. A partir do momento que você se torna uma pessoa pública, uma empresa de grande porte você fica vulnerável a qualquer tipo de critica seja ela positiva ou negativa e todos tem o direito de saber o que acontece em nosso país, nossa cidade.
Eu acho que as empresas não têm obrigação de dar direito de resposta em todos os casos e as pessoas tem o direito de se expressar, claro sem exagerado.

STF revoga a Lei de Imprensa

Marco Aurélio vota pela manutenção da Lei de Imprensa

Lei de Imprensa: ANJ e Fenaj aprovam revogação, mas querem regras para direito de resposta

Lei de imprensa atualizada em 2000

Opine: Você é a favor da revogação da lei de imprensa?

Lei de Imprensa

Por: Mariana Pontual (Opinião)

Nas ultimas semanas está sendo muito comentado em quase todo os jornais do país sobre a Lei de Imprensa. Segundo o Supremo Tribunal Federal a mesma é incompatível com a Constituição Federal.

A ação contra a lei 5.250 foi ajuizada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista). O julgamento começou no dia 1º de abril, quando o relator, ministro Carlos Ayres Britto, votou pela total revogação, argumentando que a lei, editada em 1967, durante o regime militar (1964-1985), é incompatível com a Constituição Federal de 1988. O ministro Eros Grau acompanhou o relator.

Com todo esse debate sobre a Lei de Imprensa, o que podemos levar ver é que o jornalista vai perder o direito de ocultar sua fonte, não vai ser mais obrigatório o diploma para exercer a profissão além de outros fatos. Devemos levar em considerarão que isso é um absurdo, o aluno passa 4 anos em uma faculdade que alguma da matérias não tem nada haver com o curso, gastando tempo e dinheiro para simplesmente no final do curso o diploma não valer de nada, afinal de contas qualquer um vai poder exercer a profissão. Outro aspecto negativo é não podermos ocultar nossas fontes, ou seja, isso vai acabar com o jornalismo investigativo, pois ninguém vai querer denunciar algum fato de grande relevância. Isso é um absurdo.

Entenda


Na primeira análise do caso, em fevereiro do ano passado, o relator havia suspendido provisoriamente 20 dos 77 artigos da lei, decisão depois referendada pelo plenário.

Entre os artigos suspensos estão dispositivos relacionados às punições previstas para os crimes de calúnia e difamação. No primeiro caso, a Lei de Imprensa estabelece pena de seis meses a três anos de detenção, enquanto no Código Penal o período máximo de detenção é de dois anos.

Também foram alvo da decisão artigos relativos à responsabilidade civil do jornalista e da empresa que explora o meio de informação ou divulgação. Com a suspensão, os juízes de todo o país ficaram autorizados a utilizar, quando cabíveis, regras dos Códigos Penais e Civis para julgar processos relacionados aos dispositivos que foram suspensos.

Diploma

Também está à espera de julgamento no STF um tema paralelo à Lei de Imprensa: a exigência de diploma para jornalistas. O recurso extraordinário a ser julgado tem como relator o presidente Gilmar Mendes. A ação foi apresentada pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo e pelo Ministério Público Federal, contrários à exigência de formação superior.

Em novembro de 2006, o Supremo garantiu o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão mesmo sem registro no Ministério do Trabalho ou diploma de curso superior na área.
Links:

Lei de Imprensa no Contexto Atual

Por:Rodrigo Guedes (Opinião)

Em 2008 se começou a discutir no Supremo Tribunal Federal, a possibilidade de uma nova lei de imprensa no país. Essa lei visa criar e estipular regras mais específicas para jornalistas. Jornalista podem vir a ser punidos com prisão caso fujam das regras como era na época da Ditadura Militar. Seria um retorno de uma suposta censura. Evidentemente não nos mesmos moldes daquela época.


Ao invés de prender comunistas e baderneiros como era na época do Regime Militar, agora serão presos jornalistas que não citarem suas fontes, entre outras coisas. Uma forma desnecessária de censura. Um ato anti-democrático e que fere os valores da Constituição de 88. Jornalistas tem o direito de se expressar e se ferirem alguém podem ser processados.


Jornalistas sem ética devem ser punidos, sempre. Assim como qualquer profissional sem ética, porém a punição deve ser dentro das normais constitucionais. Por mais que revolucionários mereçam prisão, deve-se levar em conta a liberdade de expressão.



Saiba mais:

STF revoga a Lei de Imprensa

Lei de Imprensa: ANJ e Fenaj aprovam revogação, mas querem regras para direito de resposta

quarta-feira, 20 de maio de 2009

New journalism: jornalismo colaborativo é o jornalismo do momento

Por: Lara Martinho


O cadastro do Eu-Repórter do site o globo é rigoroso e exige que seja o leitor o autor das matérias alias está mais para pequenas notas do que matéria. É proibido fazer “propaganda” de jornalistas, ou seja, o jornalista postar suas matérias para tentar conseguir algum furo de reportagem ou se promover.
Os leitores podem dar suas opiniões sobre as melhores matérias e elas ganham destaque no site. Os leitores denunciam todos os tipos de irregularidades desde condições precárias nas empresas de ônibus até infra-estrutura de aeroportos.Passa por notícias de imprudência no trânsito, saneamento básico, dentre outros. Para se ter acesso as notícias é preciso estar cadastrado no site.



Já no cadastro do VC-Repórter do site terra você tem mais liberdade e pode até mandar as notícias pelo celular e não precisar ser maior de idade. Tem notícias de cultura a serviço público como comemoração do dia do gari até queda de avião
O design do site da globo apresenta de forma mais jornalística as notícias, no site do terra é só texto e para ver foto é preciso abrir as matérias quando tem foto a matéria. Na globo não, o texto vem acompanhado de foto e vídeo caso tenha. Mas no site do terra tem dicas de como escrever um texto jornalístico, o que deixa o texto mais apresentável. Achei as notícias mais informativas e úteis no site do globo do que no terra.

Saiba mais: notícias publicadas no site da globo
Leitor registra péssimo estado de ônibus da linha 175, da linha Central x Barra da Tijuca

Leitores registram problemas de infra-estrutura no aeroporto Tom Jobim, no Rio

notícias publicadas no terra
Comemorações do Dia do Gari começam no Rio

Queda de avião em Araçatuba deixa dois feridos

A internet e os conteúdos colaborativos

Por: Márcia Soligo

A internet fez com que o jornalismo colaborativo surgisse de forma mais forte. Atualmente podemos ter matérias publicadas em jornais online do mundo inteiro, mesmo sem ser jornalista. A proposta principal deste tipo de matéria é conquistar uma proximidade do leitor, afinal se os temas são enviados por eles, o grande diferencial se torna o fato de ser um conteúdo que escapou do alcance de um repórter, como um buraco na rua, um acidente ou um ato irregular de um policial, por exemplo.

Muitos portais e jornais reconhecidos pelo seu conteúdo jornalístico aderiram o colaborativo, como por exemplo o portal Terra - VC Repórter - e o site do jornal O Globo - EU Repórter. Porém, apesar de serem construídos com o mesmo propósito, possuem algumas diferenças notáveis em sua abordagem, o que nos faz notar a presença da linha editorial mesmo quando quem contribui é o leitor.

Em ambos os sites é preciso se cadastrar, um processo que é basicamente o mesmo com algumas sutis diferenças: no Globo Online o preenchimento do endereço é obrigatório, assim como o nível de instrução. E o leitor também precisa responder se consome o conteúdo impresso jornal.

Já no Terra o cadastro necessita de RG e CPF.

Contudo, a maior diferença é na apresentação das matérias. Ficou claro na minha observação que O Globo Online possui uma preocupação maior com as que falam diretamente com o leitor, como buracos, infrações de trânsito, acidentes inusitados de carro, segurança e transporte. Os textos, as fotos e os vídeos sempre trazem algo no cotidiano do morador do Rio de Janeiro.

Já o Terra tem uma seleção de matérias mais abrangente. Fala de coisas que aconteceram por todo o Brasil e menos pessoais, como apreensão de drogas. A parte de vídeos do portal não é exclusiva para conteúdo jornalístico, o leitor pode enviar praticamente tudo o que quiser.

Saiba Mais

- Jornalismo Cidadão

- Jornalismo perticipativo e redes sociais na internet

- Jornalismo colaborativo funciona


Vote

O jornalismo impresso como conhecido antigamente vai acabar?

( ) Sim
( ) Não


Opine

Você acha que o jornalismo colaborativo enfraquece ou melhora o conteúdo informativo?

sábado, 16 de maio de 2009

Jornalismo colaborativo e portais na internet

Hoje em dia é muito comum vermos na maioria dos sites jornalísticos da internet, a participação dos leitores. Estes enviam fotos com ou sem texto para que sejam analisadas pelos jornalistas da empresa se são relevantes ou não. Esse tipo de trabalho se chama jornalismo colaborativo.


Embora seja possível pensar que o jornalismo esteja se tornando mais democrático, ao mesmo tempo enxergamos que o mercado de trabalho para jornalistas não está tão exigente já que qualquer pessoa pode escrever e participar de um veículo. E isso é um problema para estudantes de Comunicação.


O portal Terra: VC repórter
Você pode mandar fotos, textos e não precisa se cadastrar para ler algumas notícias. É um dos portais mais lidos na atualidade.


No portal do Globo: Eu repórter
Você é obrigado a se cadastrar para ler e participar. É o site mais lido, assim sendo é aquele mais procurado pelos leitores.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Análise sobre jornalismo colaborativo do Globo online e do Portal Terra


Brasil 12:45 H - 14/5/2009
Por: Paulo E. Cardoso

Com o poder da tecnologia e das redes sociais podemos fazer parte de um mundo novo onde todos estão conectados e ao mesmo tempo são coadjuvantes do processo de fabricação jornalístico.

É possível enviar fotos, vídeos, textos, áudios... utilizando para isso todo tipo de aparato eletrônico disponível como, câmeras e filmadoras digitiais e até celulares de última geração que até fazem edição de imagens no próprio aparelho.

No caso do Globo online Vc é o repórter. No intuito de informar, dar a notícia em primeira mão - caso só você a tenha naquele momento - e interagir, foi criado esta canal para aproximar o leitor da redação. Para isso basta fazer um cadastro simples e rápido. Lembrando apenas que é preciso obedecer a algumas regras básicas como,

Antes de enviar seu material, saiba que:

- O Eu-Repórter é um veículo de jornalismo participativo, para leitores que queiram contribuir com textos, fotos, vídeos ou áudios para o notíciário do site O Globo

- O Eu-Repórter não é um veículo de divulgação de trabalhos de jornalistas e/ou fotógrafos profissionais ou free-lancers

-O conteúdo enviado para o Eu-Repórter poderá ser publicado não só no site O Globo, mas também nos jornais O Globo, Extra, Expresso e Diário de São Paulo

- O Eu-Repórter só publica textos, fotos, vídeos e áudios noticiosos, nunca opinativos - O conteúdo deve obrigatoriamente ser de autoria que quem o envia

- A publicação do conteúdo está sujeita a aprovação da equipe de editores do site O Globo

- Textos com palavrões; acusações pessoais desacompanhadas de provas; preconceitos de qualquer ordem; que promovam a violência ou que estejam em desacordo com as leis brasileiras não serão publicados

- Todos os textos, imagens, vídeos e áudios publicados serão assinados
- Os textos podem ter, no máximo, 2 mil caracteres, contando os espaços

- Os arquivos anexados podem ter, no máximo, 30 megabytes

- Para enviar seu material, você deverá concordar com o Termo de Compromisso e Cessão de Direitos Autorais

Outra empresa de comunicação online que investe no jornalismo participativo é o canal terra. No Vc Repórter o internauta-colaborador pode postar quase tudo que quiser, bastando para isso apenas preencher um formulário ler e aceitar o termo de autorização de uso das informações, fotos, videos e/ou áudios produzidos pelo participante.

Agora, uma dica importante. O Portal Terra disponibiliza um link específico que "ensina" o passo-a-passo de como participar com dicas variadas. Caso tenha interesse, acesse o link mencionado aqui e boa sorte!
Saiba Mais:
Enquete:
Você já participou de alguma maneira do jornalismo participativo.
() Sim, tenho interesse em colaborar com notícias de grande repercussão.
() Não, deixo essa tarefa para os profissionais da imprensa.
Fórum:
Até que ponto o cidadão pode participar? Ou essa participação é ilimitada? Opine aqui.