quinta-feira, 2 de abril de 2009

CRISE NO SENADO

Por: Flavia Manes (Brasil)

As denuncias que começaram em fevereiro com a disputa para a presidência do senado, já gerou 181 cargos de diretoria que foram cortados para cerca de 130 cargos de diretoria, uma redução que cortou gastos em apenas R$ 400 mil mensais, o que é uma pequena porcentagem dos aumentos. Nesse mesmo período foi denunciado que os gastos de R$ 2,1 bilhões em 2007 subiram para R$ 2,8 bilhões no ano passado e para R$ 3 bilhões este ano. No total, houve um aumento de 42,8% de aumento em dois anos.
O primeiro a cair foi o então diretor-geral Agaciel Maia. Ele deixou o posto após a denúncia de que teria ocultado de sua declaração de bens uma mansão de R$ 5 milhões em Brasília. Logo em seguida, após a denúncia que empregavam parentes em empresas terceirizadas houve o corte dos diretores. Pelo menos três diretores da Casa e duas empresas estariam envolvidos no esquema. Uma das empresas, a Aval, tem como responsável José Carvalho de Araújo, empresário que foi preso pela Polícia Federal na Operação Mão-de-Obra, acusado de fraudes em licitações do Senado.
Mesmo com tanta mudança a crise continua e José Sarney tenta mais uma vez limpar sua imagem. Pediu aos 136 diretores da Casa Legislativa coloquem os cargos à disposição depois da série de denúncias que atingiram a instituição. Sarney pediu ao primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), para comunicar os diretores da instituição sobre a sua decisão.
O ex-diretor de Recursos Humanos do Senado, José Carlos Zoghbi, pediu exoneração depois de ser acusado de ceder um apartamento funcional para parentes que não trabalhavam no Congresso.
E para minimizar o pagamento de horas extras durante o recesso, o senador disse que a responsabilidade deve ser atribuída aos servidores da Casa que repassaram o reajuste aos funcionários uma vez que é uma questão "pequena".
“Esses assuntos todos relativos à área administrativa, vocês procurem o primeiro secretário [senador Heráclito Fortes (DEM-PI)], eu não tenho essa função de gestor da Casa”, afirmou um descompensado Sarney aos jornalistas, na última terça-feira, 24.


SAIBA MAIS:



Sarney diz não ter mais nenhuma aspiração política e que combaterá hora extra desnecessária

Com Sarney, Senado mergulha na maior crise de sua história

Procuradoria dá dez dias ao Senador José Sarney explicar pagamento de horas extras em janeiro

Agaciel Maia recebe homenagem no Senado após deixar cargo em meio a denúncias

ENQUETE:

Você acredita que o senado vai acabar com o nepotismo? Que nenhum membro vai colocar seus familiares para trabalhar em orgãos políticos?
( ) SIM
( ) Não

FÓRUM:

Você eleitor, acredita que essa crise estar próximo do fim? Quais medidas que você como senador tomaria para resolver o prblema do senado?

SARNEY PROMOVE MUDANÇAS NO SENADO


Por: Vivian Vinhal (Brasil)



O Presidente do Senado, José Sarney (PMDB), anunciou nesta quarta-feira (18/03) que vai reduzir pela metade o número de diretores da casa, de 136 diretores vai ficar somente 68. As mudanças administrativas vão ser realizadas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e segundo Sarney, só os diretores que forem “sérios” vão permanecer no cargo.



O senador determinou ontem a demissão em massa desses 136 diretores, após ter acontecido uma série de denuncias que arranaharm a imagem da instituição, mas Sarney nega que as delatações tenham o levado a essa decisão de exoneração. Para o peemedebista as mudanças no Senado são consequência das alterações administrativas que serão realizadas nos órgãos da Casa.



Para implementar essas mudanças administrativas, Sarney solicitou um estudo da Fundação Getúlio Vargas que vai fazer uma auditoria administrativa no Senado e planejamento na área de recursos humanos, entre outras ações. Sarney não fixou prazo para a conclusão do estudo, mas disse que ele será realizado com a "maior rapidez possível".



Além dessa mudança na estrutura da casa, Sarney também fez a promessa de modificar o atual sistema de votações no Senado. O presidente da Casa quer evitar excesso de votações em plenário, como requerimentos de votos de pesar que são obrigatoriamente analisados pelos parlamentares.



Desde que Sarney assumiu o cargo, no início de fevereiro, só houve polêmica. O Diretor Geral do Senado, Agaciel Maia, primo do líder do (DEM-PB), Agripino Maia pediu exoneração após denúncias de envolvimento em irregularidades. Mais de 3.000 funcionários da Casa receberam horas extras, atuorizado por Efrain Morais (DEM-PB), durante o recesso parlamentar de janeiro. Ainda houve denúncia de nepotismo em empresas terceirizadas do Senado de funcionários ligados a diretores da Casa.



SAIBA MAIS
Após denúncia, Sarney pede que diretores do Senado coloquem cargos à disposição
Tião dá celular do Senado para filha usar em viagem ao México
Temer encontra brecha jurídica para impedir que MPs tranquem votações na Câmara

ENQUETE
A decisão de Sarney de reduzir pela metade o número de diretores da casa é boa ou ruim?
( ) BOM

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FÓRUM
Na sua opinião, as mudanças no Senado são consequência das alterações administrativas que serão realizadas nos órgãos da Casa ou das denuncias que arranaharm a imagem da instituição?



Senado exonera 50 dos 181 diretores


Por: Sylvia de Sá (Brasil)


Desde que José Sarney (PMDB-AP) assumiu a presidência do Senado, a Casa tem sido alvo de denúncias. Após a divulgação da existência de 181 cargos de diretoria (uma média de dois para cada senador), o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou, na quinta-feira (19/03), a exoneração de 50 diretores.

Segundo o diretor-geral da Casa, Alexandre Gazzineo, o critério utilizado para escolher quais diretorias seriam extintas foi o da importância dos cargos. Ainda de acordo com o diretor-geral, essas diretorias ficaram “esgarçadas ao longo do tempo” e possuíam “menor conteúdo de competência”. Diretores como os de ata, de garagem e de aeroporto foram alguns dos afastados (veja aqui a lista dos diretores exonerados).

Hoje, o salário médio no Senado para nível superior é de cerca de R$ 12 mil, mas alguns diretores chegam a ganhar R$ 35 mil ou mais, valor muito acima do teto salarial. Fortes anunciou que a Casa deverá ter cerca de 20 diretorias nos próximos dias, podendo chegar a 14. Isso significaria uma economia de mais de R$ 1 milhão por mês no orçamento anual de R$ 2,2 bilhões da folha de pagamento.

Antes da decisão do corte dos 50 diretores, Sarney já havia anunciado que pretende diminuir pela metade o número de diretorias. O presidente do Senado também assinou um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para modernizar a Casa, na tentativa de conter a crise. A FGV também irá fazer uma auditoria administrativa em todos os contratos da instituição. O prazo para a conclusão do trabalho é de seis meses.

Um dos primeiros escândalos desde que Sarney assumiu a presidência foi o afastamento do senador Agaciel Maia, na época diretor-geral, após a denúncia de ter ocultado de seu patrimônio uma mansão no valor de R$ 5 milhões. Além disso, senadores assumiram que é comum doar passagens aéreas pagas pelo Senado destinadas para o deslocamento dos parlamentares. Ainda em março, outro escândalo: o senador Tião Viana (PT-AC) admitiu ter emprestado um celular pago pela Casa, e sem limite de gasto, para sua filha viajar ao México.
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A cobertura da imprensa sobre a crise do Senado influenciou as mudanças adotadas?
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As medidas tomadas por Sarney são suficientes para conter a crise?

Crise no Senado: Cortes de diretores e reforma administrativa são anunciados

Por: Priscilla Sousa (Brasil)

O Senado confirmou nesta quinta-feira (18/03) a instauração de uma auditoria interna para reduzir pela metade as 181 diretorias divulgadas em levantamento. Após o anúncio oficial dos números, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), requereu a imediata exoneração de 50 diretores.


As demais medidas confirmadas foram a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para realizar uma auditoria administrativa, no prazo de 30 dias, iniciados a partir do dia 26 de março, e a devolução de carros oficiais que estavam disponíveis a alguns senadores. O presidente da FGV, Carlos Leal, asseverou que a “vontade política” é o principal instrumento para que haja a verdadeira reforma e limpeza que a Casa tanto necessita.

– A Fundação Getúlio Vargas está sendo convidada para uma reestruturação profunda. Dependemos de vontade política para a sua implementação – afirmou Leal.

De acordo com Fortes, a Casa substituirá 60 funcionários terceirizados por aprovados em concursos públicos. O democrata informou também que cerca de dez servidores já foram afastados por terem parentesco com diretores do Senado.
– Estamos convocando 30 concursados amanhã e 30 na próxima semana. Vamos começar pela área de comunicação social, até por sugestão do diretor-geral da Casa – informou Fortes.

Após mais este escândalo institucional, o primeiro-secretário, que é responsável pela administração da Casa, revelou ainda que o Senado irá reduzir, no mínimo, R$ 50 milhões de suas despesas. Ele explicou que o orçamento do Senado chega a R$ 2,7 bilhões, mas cerca de R$ 2,2 bilhões são voltados para o pagamento de funcionários, ativos e inativos. E são dos R$ 600 milhões que sobram, que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), estipulou como meta, economizar os referidos R$ 50 milhões. Entretanto, Fortes acredita que seja possível diminuir ainda mais os gastos.

Sarney determinou na terça-feira (16/03), dois dias antes da auditoria, que todos os diretores colocassem seus cargos à disposição e exonerou metade deles. Ele prometeu ainda que irá desenvolver uma “reestruturação profunda na administração da Casa” (Leia aqui) a fim de solucionar à contento estes problemas.

– Os problemas caíram no meu colo (...), tive que demitir diretores, afastei bancos agiotas, reduzi em 10% os gastos, chamei a Fundação Getúlio Vargas para fazer uma reforma administrativa que reduzirá custos e aumentará a eficiência – disse José Sarney.

O peemedebista assegurou que somente manterá nas funções os que merecerem os tais cargos de comando na instituição. De acordo com ele, o objetivo do Senado é fazer nomeações graças ao mérito dos diretores.

Entre os cortes estão cargos no mínimo inusitados. Como por exemplo, o diretor de Coordenação Administrativa de Residências Oficiais (Coaro), Elias Lyra Brandão, conhecido como “diretor de garagem”, o diretor de Coordenação de Apoio Aeroportuário (Coapae), Francisco Carlos Melo Farias, ou melhor, “diretor de check in”. Já o ex-subsecretário de Elaboração de Autógrafos e Redação Oficial (SSEAUT), Francisco Guilherme Thees Ribeiro, teve mais sorte e não perdeu o emprego, retornou para sua antiga função como analista legislativo e, apesar de trabalhar durante 35 anos no serviço público do Senado, afirmou ter ficado surpreso, assim como outros funcionários, sobre a divulgação do impressionante número de diretorias da Casa.

Na opinião do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a crise estrutural e administrativa do Senado deve ser vista como uma ocasião propícia para estudar e resolver questões cobradas a muito tempo pela população.

– Os líderes apoiaram a Mesa. É preciso encaminhar mais medidas, cortar custos, fazer economia. A sociedade está cobrando isso, e isso deve ser feito imediatamente – pondera Renan.

O senador alagoano frisou que apesar de se tratar de um assunto sério e urgente, a crise na instituição deve ser rapidamente superada com o objetivo de que os serviços da Casa voltem a ser analisados em ritmo normal o quanto antes.


Correção

Após divulgação, o Senado voltou atrás e retificou o número de diretorias. Segundo o diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, apenas 38 dos 181 diretores exerciam efetivamente o posto de direção. Os demais apenas chefiavam secretarias e coordenações e por esta razão recebiam o “título”. No entanto, ainda de acordo com o diretor-geral, todos os 50 diretores dispensados de seus cargos eram concursados e poderão exercer, caso desejem, as mesmas funções mas sem o “status” de diretor. Veja aqui a lista completa dos diretores exonerados.

– Eles perdem o status e o dinheiro, mas podem, se quiserem, continuar a trabalhar no mesmo local – explicou Gazineo.

Para o diretor-geral, com o corte nos cargos, a Casa economizará cerca de R$ 400 mil por mês, ou seja, R$ 4,8 milhões por ano. Gazineo admitiu ainda que alguns diretores recebiam pagamentos acima do teto salarial, de R$ 12 mil para nível superior, e culpou a legislação por permitir tais incorporações de gratificações.

· Saiba +

· ENQUETE: Considerando que a política no país a muito tempo é assolada pela corrupção, nepotismo e bandalheira, você acredita que esta “reestruturação profunda na administração da Casa” citada por Sarney irá realmente ser colocada em prática? Vote aqui:

O SIM
O NÃO

· FÓRUM: Enquanto são travadas as mais variadas discussões sobre a crise no Senado, outros problemas, até agora sem solução, continuam a vagar nos “subterrâneos” da instituição. Como por exemplo, a senadora Roseana Sarney, usufruindo passagens áreas pagas pelo Senado para viajar com seus amigos, o ex-presidente da Casa Tião Viana emprestando o celular do Senado para a filha usar em seu passeio ao México, entre outras picardias. Opine: há limpeza (ou reforma administrativa) que dê jeito em toda esta sujeira em forma de corrupção que assola a Casa Federal?

Senado descobre 181 cargos de direção e já se prepara para cortar total pela metade


Por Hanrrikson de Andrade (Brasil).

O Senado divulgou nesta quinta-feira (19 de março) o número de diretorias em seu quadro funcional: são 181 cargos de direção, o que representa mais de dois para cada um dos 81 senadores. Entre as nomenclaturas mais inusitadas, estão a Coordenação de Apoio Aeroportuário (conhecida como "Diretoria de Check In", que facilita o embarque dos senadores nos aeroportos), a Coordenação Administrativa de Residências ou Coaro (também conhecida como "Diretoria de Garagem", por funcionar no subsolo de um prédio) e a Diretoria de Rádio em Frequência de Ondas Curtas (cuja finalidade era regular a transmissão radiofônica na Casa). O número exorbitante é o resultado de uma auditoria interna e deve ser reduzido pela metade nos próximos seis meses, segundo o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

O número total de cargos de direção foi surpreendente até mesmo para a própria direção do Senado, que teve de refazer as contas por duas vezes. O primeiro levantamento, anunciado na última terça-feira (17 de março), dava conta da existência de 131 diretores. Algumas horas depois, subiu para 136 (no fim do dia, Sarney determinou que todos os cargos fossem colocados à disposição, o que não aconteceu). Depois de uma série de oscilações nesta quinta-feira (19), os auditores fecharam a investigação em 181. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) ainda fará uma auditoria mais ampla no sentido de enxugar a máquina administrativa e não está descartada a possibilidade de outras pessoas perderem cargos de direção.

- Os problemas caíram no meu colo. Tive que demitir diretores, afastei bancos agiotas, reduzi em 10% os gastos e chamei a Fundação Getúlio Vargas para fazer uma reforma administrativa que reduzirá custos e aumentará a eficiência - argumentou Sarney. Ele garantiu que não sabia da existência de tantas diretorias no Senado.

Mais tarde, porém, o presidente do Senado mudou o tom do discurso:

- Nós não falamos mais de reforma administrativa e sim em uma reestruturação profunda da administração da Casa. Os diretores vão sair e vamos analisar pelo critério de mérito quem vai ficar. Coloquei meu nome, minha carreira, mais uma vez, sem necessidade. Vocês têm de compreender que para mim não é fácil. Aceitei prestar um serviço ao Senado.

A remuneração para cada um dos 181 diretores gira em torno de R$ 20 mil, porém vários ganham o teto salarial estipulado para a função (R$ 24,5 mil) por conta do longo período de serviços prestados no Congresso. Com a redução de metade das diretorias, estima-se que a economia chegará ao valor de R$ 400 mil mensais. No entanto, os cargos ainda não foram extintos, pois há a necessidade de uma deliberação oficial da Mesa Diretora da Casa.

Por conta da falta de espaço físico para tantos gabinetes, por exemplo, o diretor da Coaro, Elias Lyra Brandão, exerce sua função no fundo do subsolo de um prédio de apartamentos funcionais (veja no vídeo abaixo). A "Diretoria de Check In", por sua vez, funciona no próprio Aeroporto de Brasília e é ocupada pelo jornalista Francisco Carlos Melo Farias. Segundo o jornal Estado de São Paulo, Farias também presta serviços para a filha de José Sarney, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), como assessor de imprensa.


CONFIANÇA. O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), apresentou uma perspectiva otimista a respeito do processo de "reestruturação profunda" pelo qual passará a Instituição. Segundo ele, a Casa estará em um "mar de rosas, em céu de brigadeiro" daqui a seis meses. O senador piauiense garantiu ainda que ninguém será demitido antes do término da auditoria encomendada à Fundação Getúlio Vargas.

- Os diretores continuam nas suas funções. Não podemos demitir todos de uma vez só. Vamos analisar caso a caso e esperar o estudo encomendado à Fundação Getúlio Vargas. Não podemos estipular prazos. Mas, em seis meses quero estar num mar de rosas, em céu de brigadeiro - disse Fortes, que afirmou ainda que o crescimento do número de diretorias vem acontecendo ao longo dos últimos 12 anos.

O estudo da FGV pode culminar em exoneração para vários funcionários, mas há outras questões que envolvem senadores que ainda exigem respostas. Roseana Sarney, por exemplo, foi acusada de custear a viagem de um grupo de parentes e amigos com a cota de passagens aéreas a que tem direito na condição de parlamentar, no exercício da função. Tião Viana (PT-AC), por sua vez, emprestou um celular de uso exclusivo dos parlamentares para a filha viajar ao México. O senador chegou a admitir o erro e garantiu que pagou a conta.

O Senado vem sendo alvo de uma onda de denúncias e escândalos desde a posse de Sarney (veja o passo-a-passo dos escândalos de cargos e benesses do Senado). O primeiro a cair foi Agaciel Maia, que ocupava o cargo de diretor-geral, após denúncia de que teria ocultado de sua declaração de bens uma mansão de R$ 5 milhões em Brasília. Logo em seguida, veio a revelação de que a Casa teria pago horas extras aos funcionários no mês de janeiro, apesar de não ter realizado sessões. O pagamento foi considerado legal, mas alguns senadores determinaram a devolução do dinheiro, que será feita em dez vezes.

Outro caso derrubou o diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi. Ele repassou a seus filhos um apartamento funcional que recebeu do Senado para sua própria moradia. O ex-funcionário do Senado morava em uma casa no lago Sul, bairro nobre de Brasília.

Saiba Mais:


Enquete - Vote aqui:

Depois de uma série de escândalos, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), planeja uma espécie de reestruturação gradativa na Casa a fim de reduzir despesas e reorganizar o quadro funcional. Você acha que ele conseguirá promover qualquer tipo de mudança antes das eleições de 2010, ano em que deve se aposentar da vida política? Vote!

() Sim. O Sarney é um político experiente e está acostumado com os momentos de crise política.

() Não. O Sarney é, na verdade, o principal responsável por toda essa sucessão de escândalos no Senado.

Fórum - Opine aqui:

Na última terça-feira (17 de março), José Sarney determinou que todos os 181 cargos de direção do Senado fossem colocados à disposição, o que acabou não aconteceu. Sendo você um desses diretores, com uma renda média de R$ 20 mil mensais, o que faria?
Renegaria ao dinheiro e colocaria o seu cargo à disposição? Ou esperaria o desenrolar dos acontecimentos? Dê a sua opinião!

Senado anuncia exoneração de 50 diretores




Por: Isabela Silvino (Brasil)

Após divulgar a existência de 181 diretorias no Senado Federal (Entenda melhor o caso), o 1º secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou nesta quinta-feira (19) a exoneração imediata de 50 diretores (Veja aqui a lista), determinada ao diretor-geral da Casa, José Alexandre Gazineo.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), responsável pela criação de pelo menos 70% das 181 diretorias, já havia anunciado os cortes. Concluída a exoneração, a direção-geral deverá apresentar plano de redução de cargos de direção ou função.

A exoneração dos 50 diretores tem como intuito principal a redução de custos da instituição. As 181 diretorias custam, atualmente, R$ 400 mil por mês ao Senado Federal, equivalente a R$ 4,8 milhões por ano. Heráclito Fortes, afirmou que o crescimento do número de diretorias veio acontecendo ao longo de 12 anos. E que apesar de os diretores terem sido exonerados, a extinção definitiva dos cargos ainda será decidida em reunião da Mesa Diretora

José Sarney anunciou que assinou um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para reestruturar o Senado e tentar minimizar as denúncias de irregularidades na administração da Casa.

- Vamos reduzir muito o número de diretores e comissões dentro do Senado. O que for sério e essencial fica – disse Sarney a jornalistas, que acrescentou que promoções só ocorrerão por mérito, e que a redução de diretorias pode passar dos 50 por cento.

A FGV fará uma auditoria na administração, e planejamento no departamento de Recursos Humanos do Senado. Sarney prometeu agir de forma enérgica, porém não divulgou o prazo para a realização das medidas, nem o custo delas.

- Evidentemente, dependemos de vontade política para implementar - afirmou o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal.

Saiba Mais
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'Problemas caíram no meu colo', diz Sarney sobre crise no Senado


Veja e leia a crítica de Arnaldo Jabor

Fórum - Opine
Apesar de ter criado quase 70% das 181 diretorias do Senado, José Sarney, agora como presidente da Casa, tem mostrado preocupação em reduzi-las. O que você acha disso?

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Você acha que as diretorias serão reduzidas para menos da metade, como está prometendo José Sarney?
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Sarney se exime de resposabilidade

Por: Zani (Brasil)
A sociedade voltou os olhos para o Senado, durante o mês de março a cada semana uma nova denúncia trouxe à tona os bastidores da política. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP) se eximiu da responsabilidade, colocando a culpa na burocracia. Esta é a segunda gestão do senador, como presidente da Casa, segundo ele os assuntos administrativos não lhe dizem respeito.(Leia)

Acompanhe a crise

A Casa vem sendo alvo de denúncias, desde o afastamento do diretor, Agaciel Maia, deixou o cargo após denúncia de ocultar compra de uma mansão em Brasília em sua declaração de bens.

Logo depois, uma reportagem do Jornal, “A Folha de São Paulo” mostrou que foram gastos R$ 6 milhões em horas extras, no mês de janeiro durante o recesso dos parlamentares. O Presidente anunciou a instalação de pontos eletrônicos determinou a devolução do pagamento indevido em duas parcelas.

Um levantamento feito pelo próprio Senado apontou a existência de 181 diretores.
Entre as diretorias, setores de “garagem,“check in” e “autógrafos” todos recebendo salários comissionados. Divulgados os números, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou o corte de 50 diretores e a contração da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para fazer um reforma administrativa.

Nos bastidores, a crise está sendo atribuída à disputa entre os partidos PT e PMDB. Os grupos dos senadores Tião Viana (PT-AC), que concorreu à presidência do Senado e do Presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), seriam os responsáveis pelo vazamento das denúncias.(Leia)

Saiba Mais

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Você acha que os assuntos administrativos são responsabilidade do Presidente do Senado?
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( ) Sim, como Presidente ele deve responder tudo que diz respeito ao Senado
( ) Não, como Presidente ele deve se a preocupar apenas com a agenda política

Fórum
Como você se sente, como eleitor, diante de mais uma crise? Opine aqui:

Senado exonera 50 diretores


Por: Daniel Jardim (Brasil)

Após a divulgação da existência de 181 cargos de direção na Casa, o primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou nesta quinta-feira (19) a exoneração de 50 diretores. A medida foi tomada depois que veio a público a pouca relevância de algumas funções como, por exemplo, a direção de "check-in" - que auxilia o embarque de senadores - ou a de garagem.

Antes da medida anunciada pelo senador Fortes, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que planeja cortar pela metade o número de cargos de direção. Sarney também assinou um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para que a instituição faça uma autoria administrativa nos contratos da Casa. A parceria tem como objetivo reduzir os efeitos das denúncias de irregularidades que o Senado vem sofrendo desde que o político maranhense assumiu a presidência.

- Nós não falamos mais de reforma administrativa e sim numa reestruturação profunda da administração da Casa - disse Sarney.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiou as medidas tomadas em relação ao escândalo dos diretores. Segundo o presidente, é importante que "estejam corrigindo as coisas erradas que foram descobertas". Heráclito Fortes espera que o Senado esteja "num mar de rosas" dentro de 6 meses, tempo que a FGV deve levar para concluir seu trabalho na Casa. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), porém, disse que seis meses é muito tempo. Segundo o tucano, a resposta deve ser mais rápida, para "reduzir o impacto negativo".

O primeiro escândalo no mandato do peemedebista da Casa envolveu Agaciel Maia, então diretor-geral, que deixou o cargo após ser denunciado por não ter declarado uma mansão de R$ 5 milhões na capital do país. Em seguida, houve a denúncia do pagamento de horas extras para funcionários no mês de janeiro, apesar de não terem sido realizadas sessões nesse período. Estes casos explicam a preocupação com a imagem do Senado.

Na quarta-feira (18), os senadores regulamentaram as horas extras na reunião de Mesa do dia. Agora, apenas cerca de seis funcionários poderão receber por trabalharem além das horas estabelecidas. Já a solução encontrada para os terceirizados é a substituição destes por concursados. Aproximadamente 60 já foram aprovados e podem assumir imediatamente, o que deve facilitar a troca.

Saiba mais:

Senado substituirá 60 terceirizados até a próxima semana, diz Heráclito
Sarney anuncia ponto eletrônico para controlar as horas extras no Senado
'Problemas caíram no meu colo', diz Sarney sobre a crise no Senado

Você acredita que a imagem do Senado irá melhorar a curto prazo com estas medidas?
( ) Sim, elas são um sinal de que a Casa está procurando melhorar
( ) Não, estes escândalos demoram a cicatrizar na memória do povo brasileiro

A divulgação destes casos pela imprensa foi decisiva para o Senado tomar providências? Opine aqui.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Crise no Senado: Mais de 50 cargos de diretoria já foram desocupados

O Senador Heráclito Fortes (DEM-PI) durante sessão desta quinta-feira (19) (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Por: Kadu Braga ( Mundo)

Uma auditoria no Senado revelou um escândalo nas diretorias, que chegam a ter 181 cargos das mais diversas funções, algumas delas inclusive muito inusitadas como, por exemplo; Diretoria para cuidar de garagem e até check-in. Depois das primeiras investigações o numero de cortes já chega a 50, gerando uma economia mensal de R$400 mil reais. O orçamento anual da folha de pagamento com os cargos “criativos” chegava a R$2,2 bilhões anuais.

Desde que o presidente, José Sarney (PMDB-AP), assumiu, o Senado vinha sendo alvo de muitas denúncias. O diretor-geral Agaciel Maia, foi o primeiro a deixar o cargo depois de ter sido acusado de ocultar em sua declaração de renda, uma mansão em Brasilia avaliada em
R$5 milhões. (veja imagens). Depois disso, a Casa teria feito pagamento de hora extra a funcionários, serviço não solicitado. Sarney se pronunciou sobre o caso, durante um discurso nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).

- "Estou há 45 dias lá, qual cargo foi criado por mim?", questionou. "Não posso dizer que não criei nenhuma diretoria porque não me lembro. Mas em 2001 é que fizeram a grande mudança”, disse.

O primeiro-secretário Heráclito Flores (DEM-PI), que tratou das 50 primeiras demissões, afirmou que, os cortes ainda não foram todos realizados e prometeu dar andamento nas investigações. Está sendo verificada também, a necessidade de continuar realizando projetos ainda em andamento como, por exemplo, a obra da construção de celas para crimes cometidos dentro da instituição, estimada em torno de R$ 600 mil.

- "Mandei suspender para analisar este caso," – comentou o secretário.

Durante o discurso realizado, o presidente do Senado, deu a entender que estaria sendo “escolhido” como possível culpado pelo escândalo das diretorias, e que está realizando seu
trabalho de maneira séria, e que a crise que a Casa atravessa, seria por sua “estrutura burocrática”. Segundo ele, deve se tratar de uma reestrutura administrativa profunda, que irá acontecer daqui para frente.

- “Nós não falamos mais de reforma administrativa e sim numa reestruturação profunda da administração da Casa”, disse Sarney.

Entre os funcionários, o clima depois da extinção dos primeiros cargos começou a ficar tenso. Muitos consideram que a lista divulgada, foi feita de forma atabalhoada para responder à pressão política. A auditoria para tirar a limpo o caso, está sendo realizada pela FVG. O Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pediu pressa para finalizar o estudo, no entanto, afirmou que dependendo das análises internas, os cortes podem ser imediatos sem ter a necessidade de esperar o estudo ser finalizado.

Saiba mais:




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Casa da Mordomia. Festival de Benesses no Senado Cria Mal Estar Entre Políticos

Por: Paulo Cardoso (Brasil)

BRASÍLIA - Salário médio de 18 mil reais, horário de trabalho flexível, que permite dar expediente em casa ou em qualquer outro lugar do Brasil, plano de saúde com reembolso integral de despesas, pagamento de horas extras nas férias, gratificações...
O Senado foi dominado por uma máquina que trabalha continuamente para burlar as leis em benefício próprio. O resultado é uma estrutura perdulária e improdutiva. Após uma enxurrada de denúncias, o Senado reduziu para até 20 o número máximo de diretores na Casa. A instituição, com apenas 81 parlamentares, teria 181 funcionários com nível de diretor.

A atual estrutura, considerada inchada, vem de 2001 e a proposta dos senadores é voltar à estrutura anterior a esse período. Com a proposta, muitas das atuais secretarias retornariam ao status de sub-secretarias ou coordenações.

"É duro saber exatamente as informações aqui", afirmou o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), indicando que as novas medidas não resolverão o problema da falta de transparência na Casa. O Senado é considerado pela imprensa a instituição menos transparente da capital federal.

Por decisão da cúpula de parlamentares que comanda o Senado, será criada uma comissão de servidores para elaborar um plano de redução da estrutura da Casa em até 30 dias. Hoje, o salário médio no Senado é de 12 mil reais para nível superior havendo, no entanto, servidores que chegam a receber, entre salários e gratificações, a quantia de 35 mil reais.

Só a diminuição de diretorias e a reformulação no esquema de funcionários geraria, de acordo com o primeiro-secretário, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), uma economia mensal de 1 milhão de reais. A instituição gasta 2,2 bilhões de reais com pessoal, incluindo servidores inativos.

Opine Aqui no Fórum:

Na sua opinião o salário médio no Senado de 12 mil reais é suficiente para cobrir as despesas dos senadores?

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Saiba Mais:

Senado corta cargos e reduz despesas

Farra de cargos públicos e gastos excessivos continua

Político paga avião fretado com dinheiro do Senado

Após denúncias, Senado tenta superar a crise

Por: Renato Scofield (Política)
Desde fevereiro o Senado está passando por uma crise que ocasionou a paralisação da Casa no mês passado e deixou a população desconfiada de que o real propósito deste espaço de caráter público era servir a interesses privados por parte de seus líderes. A folha salarial do Senado, por exemplo, subiu 42% em dois anos, chegando ao valor aproximado de R$ 3 bilhões para este ano.

A disputa pelo controle da Presidência do Senado, entre José Sarney (PMDB-AP) e Tião Viana (PT-AC) - ganha pelo representante do PMDB - foi o estopim para que as revelações sobre os maus hábitos praticados na Casa viessem à tona. Foram descobertos casos de pagamentos de horas extras em mês de recesso parlamentar, fartura de cargos de direção, uso indevido de imóveis funcionais por diretores, entre outros diversos problemas. A partir daí só se discutiu esse assunto por parte dos senadores.

Uma auditoria feita no Senado revelou que existiam 181 diretores na Casa. De imediato 50 cargos de diretoria foram cortados. Entre as diretorias excluídas estava, por exemplo, a Diretoria de Apoio Aeroportuário, também conhecida como diretoria de "check-in". A função desta diretoria era facilitar a vida dos senadores em questões relacionadas a tomadas de voos, como transferências de última hora, providenciamento de embarques, etc. Ao todo a Diretoria contava com sete funcionários. O Presidente do Senado, José Sarney, não assumiu a responsabilidade por tantas diretorias.

- Os problemas caíram no meu colo, tive que demitir diretores, afastei bancos agiotas, reduzi em 10% os gastos e chamei a Fundação Getúlio Vargas para fazer uma reforma administrativa que reduzirá custos e aumentará a eficiência - disse o senador.

Com os cortes já providenciados, a estimativa é que a economia seja em torno de R$ 400 mil mensais.O primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que o aumento brusco no número de diretorias vem acontecendo nos últimos 12 anos. Foi o próprio secretário quem determinou o corte imediato dos 50 diretores.

- Os que perderem o status de diretor não terão mais a nomenclatura de diretor. A extinção do cargo é mais complexo. No momento que a função transformada for extinta, o que o antigo ocupante vai receber de gratificação será menor. Se recebia FC9, vai receber FC8 ou FC7. Só 20 ficarão com FC9, que é a gratificação de diretor - explicou Heráclito.

Heráclito explicou ainda que a o processo de troca de funcionários terceirizados por concursados já está sendo agilizado e que essa é uma medida para enxugar o quadro administrativo do Senado. O senador adiantou também que acredita que conseguirá substituir até 300 terceirizados e que podem haver novos concursos, se necessário.

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Fórum
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Novo escândalo no Senado

Por: Isabelle Caroline (Brasil)

A rotina no Senado anda cada dia mais escandalosa, com sucessivas denúncias de mordomias, nepotismo
e fisiologismo.


Descobriu-se no último dia 14, em reportagem do jornal O Globo, um nepotismo terceirizado. Noventa por cento dos funcionários de empresas terceirizadas do Senado são parentes de servidores ou parlamentares.A estratégia burla a lei antinepotismo do STF.


São 181 diretores – dois para cada senador – com salários que ultrapassam os 18.000 reais.Tem diretor de garagem, de check-in de aeroporto e outras diretorias bizarras que servem apenas para aumentar o salário dos servidores.


Após a denúncia feita a imprensa, o primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM - PI) ordenou a exoneração de 50 diretores, como o da garagem e do check-in.


“A função de diretor tem que ser mais enxuta. A carreira se confundiu com a função. O que gerou todo esse desconforto”.Disse Heráclito afirmando ainda que o ideal será apenas 14 ou 16 funcionários ocupem o cargo de direção.(ver vídeo)


O gasto total com folha de pagamentos no Senado, com as novas exonerações entre as diretorias, a economia será de um milhão ao mês, que hoje gira em torno de R$1,2 bilhão ao ano.


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Senado anuncia desocupação de cargos terceirizados


Por: Márcia Soligo (Brasil)

De acordo com o projeto apresentado no dia 22 de março pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), 50% dos cargos comissionados do Senado serão substituídos por profissionais concursados. Atualmente são três mil empregados nestas vagas com salários que vão de R$ 1,2 mil a R$ 9,7 mil.

Após a divulgação da existência de 181 diretores do Senado, a questão dos terceirizados veio à tona, provocando revolta da população e medidas quase imediatas do Órgão Federal.

Os cargos comissionados são ocupados por pessoas que não passaram pela triagem do concurso público, e para preenchê-los é preciso somente o aval do responsável pela área onde o profissional irá atuar. A maioria dos contratados para estas vagas são parentes ou conhecidos de efetivos da Casa.

Segundo o Estadão, até o mês de fevereiro a primeira-dama do Sergipe, Eliane Aquino, fazia parte do quadro de terceirizados. (Leia mais)

- O que se busca é moralizar o Senado, economizar dinheiro público e aumentar a eficiência da Casa - disse Arthur Virgílio.

O Senado anunciou na sexta-feira (27/03) os primeiros 30 convocados para assumir as vagas nas áreas de Comunicação Social, Eventos e Contatos. Segundo o diretor geral da Casa, Alexandre Gazineo, mais 150 aprovados serão chamados a ocupar seus lugares dentro de 30 a 40 dias. A princípio para Comunicação Social, Secretaria Geral da Mesa, a Advocacia e a Consultoria Geral de Orçamentos, que são os cargos com maior demanda de serviços.

- Estamos convocando trinta concursados amanhã [27] e trinta na próxima semana - informou Gazineo.

A atual presidência do Senado pretende fazer uma reforma administrativa na Casa, com objetivo de cortar gastos e eliminar funcionários fantasmas. Pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) foram contratados para apresentar um projeto de reestruturação em 30 dias, contados a partir do dia 26/03.

O Senado diz estar se esforçando para acabar com o nepotismo nos órgãos da Casa. E de acordo com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) a meritocracia será a nova ordem.

- Para isso, estou convocando a FGV. Nosso objetivo é modernizar a Casa. Vamos ter, entre outras coisas, uma seleção pelo mérito - afirmou Sarney.


Saiba Mais

- Entenda a crise dos gastos no Senado
- Senador Jarbas Vasconcelos apresenta projeto que restringe indicações políticas em empresas públicas.
- Procurador vai entrar com ação no TCU pedindo investigação de irregularidades no Senado.


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No recesso, funcionários do Senado recebem mais de R$ 6 milhões em horas extras

Por: Luana Alves (Brasil)

O Senado pagou pelo menos R$ 6,2 milhões em horas extras para 3.883 funcionários em janeiro, mês em que a Casa estava em recesso e não houve sessões, reuniões e nenhuma atividade parlamentar. A autorização do pagamento foi feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB), três dias antes de ele deixar o comando da primeira-secretaria, órgão da Mesa Diretora responsável pela gestão administrativa.

Presidente do Senado até janeiro, quando foi dada a ordem para o pagamento das horas extras, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse que não foi consultado sobre a medida e que vai tomar satisfação do senador Efraim Morais (DEM-PB). "Eu não estava sabendo. Realmente não sei como justificar isso", afirmou. O senador Tião Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente da Casa até janeiro, disse que irá averiguar se os funcionários do seu gabinete pessoal foram beneficiados para tomar providências. Ele se mostrou indignado com o pagamento.

- Isso não poderia ter ocorrido porque não houve trabalho extra em janeiro e não poderia ter havido pagamento - afirmou.

O procurador do Ministério Público, Marinus Marsico, (leia mais sobre outros pedidos de investigação do procurador) , anunciou que vai ingressar na próxima segunda-feira com uma representação ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar, pedindo abertura imediata de investigação sobre o caso. O procurador pretende, com isso, exigir a devolução do dinheiro pago pelo Senado.

- Não vou nem mais pedir explicações à direção do Senado. Já há indícios suficientes para entrar direto com a representação. Se for acatada, nos próximos dias todos os envolvidos, inclusive a direção do Senado, estarão sendo notificados. A idéia é ter esses recursos devolvidos aos cofres públicos - disse Marinus.

O atual presidente do Senado, José Sarney, também se manifestou contra as horas extras. Sarney definiu o fato, anterior à sua administração, como "um absurdo". E disse que o ideal seria a suspensão do pagamento, embora tenha se esquivado da responsabilidade.

- Eu acho que o caminho normal seria a suspensão. Mas eu não quero entrar em atribuições que não são minhas, porque aqui nós temos atribuições delimitadas.É muito cheio de suscetibilidades. São as atribuições de cada um, e isso não é competência minha.

A justificativa do Senado para pagar os R$ 6,2 milhões foi a de que os 3.883 servidores trabalharam além do expediente normal em janeiro para preparar apenas uma sessão que ocorreu no dia 2 de fevereiro: a da eleição da Mesa Diretora da Casa. Como os funcionários não precisaram assinar o ponto, a tarefa de comunicar à Secretaria de Recursos Humanos os nomes dos funcionários que teriam feito a hora extra coube aos chefes de gabinete.


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Despesas do Senado cresceram mais que o dobro da inflação em 13 anos

Por: Andréia Homem (Brasil)

Segundo pesquisa realizada pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), os gastos no Senado aumentaram 378% enquanto a inflação cresceu 186% durante a gestão de Agaciel Maia à frente da diretoria-geral do senado entre 1995 e 2008.

As despesas do Senado ultrapassaram os gastos de pessoal da União, que teve um crescimento de 282%. Entre as despesas dele encontram-se os gastos com terceirizados, onde ficou em evidência a contratação de parentes, burlando, assim, a lei antinepotismo.

O Senado já demitiu sete parentes de diretores que foram contratados por empresas terceirizadas: Dimitri Sales de Moreira, Janaína Muniz Pedrosa, Igor Pereira de Souza, Felipe Baere, André Abrego, Severo Augusto da Paz Neto e Luiz Eduardo Silva da Paz. Alguns diretores, como o casal Alraune Reinke da Paz e Francisco Maurício da Paz, não foram demitidos porque eles já trabalhavam lá antes de se casarem.

O senado já esta convocando candidatos aprovados no concurso público para substituir os servidores terceirizados na área de comunicação. Segundo Heráclito Fortes (ouça aqui:Heráclito Fortes para sobre mudanças na Casa), 1º secretário da Casa, essa é mais uma medida para enxugar o quadro administrativo da casa e assim diminuir os excessos nas despesas. (Leia mais: Senado economiza R$ 10 milhões com substituição de terceirizados)

O Senador Renato Casagrande (PSB-ES) quer divulgar na internet os gastos da Casa. Ele propôs a criação do “Portal de Transparência do Senado Federal” – O maior problema que o Senado enfrenta hoje é a cultura da Casa, que se tornou uma instituição opaca e sem comunicação com a sociedade – afirmou o senador. Se esse projeto for aprovado, o Senado vai ser obrigado a divulgar a execução orçamentária e financeira, licitações, contratos, convênios entre outras coisas.

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Por: Maria Campos ( Brasil)


O primeiro secretário do Senado Heráclito Fortes ( DEM-PI)
e o diretor -geral do Senado Alexandre Gazineo. i

O ex: diretor geral do Senado, Agaciel Maia que estava no cargo desde 1995 e foi afastado no inicio de março, devido a denúncias de que não teria declarado à Receita uma mansão, em Brasília no valor de R$ cinco milhões. Na sua gestão, foi o responsável pelas modificações administrativas, extinguiu os cargos de chefias de sessão e de setor, criou 181 novas secretarias e subsecretarias, com titulares com direito a status de diretor.


O Presidente do Senado José Sarney, anunciou que vai reduzir pela metade o número de diretores da casa Legislativa, depois de uma série de denúncias que arranharam a imagem da Instituição. O peemedebista promete manter nas funções somente aqueles que merecem os postos de comando da casa. “O nosso objetivo é fazer as nomeações pelo mérito dos diretores” afirmou Sarney.

Porém, o senador negou que as denúncias tenham motivado sua decisão de exonerar os diretores e que as mudanças no senado são conseqüências das alterações administrativas que serão realizadas nos órgãos da casa. Além das mudanças estruturais o Presidente prometeu modificar a atual sistemática de votações do Senado.

Com o propósito de economizar 400mil reais por mês o secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), e o diretor-geral, Alexandre Gazineo, divulgaram a lista dos 50 primeiros funcionários afastados dos cargos de direção ou de funções equivalentes na estrutura administrativa da Casa. A lista das demissões foi montada considerando as peculiaridades de cada área, se o diretor de fato coordena uma equipe ou se recebeu o cargo apenas para ter aumentado seu salário com gratificação.

A Fundação Getúlio Vargas assinou um convênio com o Senado para que seja feita uma auditoria administrativa na casa. A idéia é passar um pente fino, reduzir os gastos e acabar com a crise administrativa que o Senado vem enfrentando."Vamos fazer o que for necessário e a FGV tem carta branca total para agir no que precisar”, disse o Presidente do Senado.



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Senado acaba com 50 das 181 diretorias

Por: Mariana Pontual (Brasil)

A sociedade está indignada por causa da revelação de que o Senado tinha 181 diretores, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), apresenta nesta semana um projeto de resolução para atacar outro foco de gastos com dinheiro público. O senador quer cortar pela metade os cerca de 3 mil cargos comissionados da Casa. Com salários que variam de R$ 9,7 mil a R$ 12 mil, esses funcionários não passam por concurso público. O único critério exigido é que tenham o aval do senador ou do diretor do departamento em que vão atuar. Só na Diretoria-Geral do Senado, há 124 cargos de confiança.

Em outra frente, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), promete anunciar a extinção de mais diretorias. Na semana passada, ele demitiu 50 dos 181 diretores da Casa. A Câmara, com 513 deputados, tem menos da metade de comissionados do Senado - que tem 81 parlamentares. Mesmo assim, o número de cargos sem concurso público é considerado alto. São 1.350 nas lideranças partidárias, comissões e Mesa Diretora. Além deles, cada deputado pode contratar até 25 secretários parlamentares sem concurso. São 11.500 assessores nessa situação.

- Estamos convocando 30 concursados amanhã e 30 na próxima semana. Vamos começar pela área de comunicação social, até por sugestão do diretor-geral da Casa-, afirmou o senador.
Heráclito disse que a medida tem como objetivo enxugar o quadro administrativo do Senado dentro da "limpeza" anunciada pelo presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP).

-Queremos diminuir os exageros nas despesas do Senado-,afirmou.
O senador explicou que os terceirizados não serão demitidos de imediato uma vez que os concursados vão cumprir um "prazo de adaptação" na Casa Legislativa.

Heráclito anunciou também a exoneração de parentes de diretores e funcionários do Senado que trabalham em empresas que prestam serviços terceirizados a Casa. Uma das empresas, a Aval, tem como responsável José Carvalho de Araújo --empresário que foi preso pela Polícia Federal na Operação Mão-de-Obra, acusado de fraudes em licitações do Senado.
Segundo o jornal "O Globo", estima-se que 90% dos servidores que trabalham em empresas terceirizadas do Senado têm parentesco com funcionários do Senado.

Heráclito se reuniu nesta quinta-feira com técnicos da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que vai realizar um estudo para modificar a estrutura administrativa do Senado. Os técnicos e funcionários têm 30 dias para a conclusão do estudo. O objetivo é aproximar o número de diretorias e secretarias do Senado ao que existia em 2001.
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( ) Sim, eles foram nomeados por um poder legislativo.

( ) Não, isso é injustiça como milhares de pessoas que estudam anos para passar em um concurso público.

Fórum.

Você acredita que mesmo acabando com esse excesso de diretorias vai acabar com a corrupção no senado?

Senado diminui cargos comissionados

Por: Andréa Filgueiras ( Brasil )

O primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes ( DEM-PI ), determinou que o diretor-geral, Alexandre Gazineo, extinguisse de imediato 50 ocupantes de cargos comissionados, mas na verdade, o objetivo é a extinção de todos. O senador também determinou, ao diretor-geral, que contratasse de imediato, os candidatos aprovados nos concursos públicos na área de comunicação social.

O senador pretende reduzir o número de funcionários terceirizados, dando a oportunidade aos candidatos aprovados em concurso público, em todas as áreas. Heráclito Fortes não sabe informar a quantidade certa de pessoas que terão de desocupar seus cargos, o seu propósito é “continuar a enxugar a estrutura”, disse.

O novo governador da Paraíba, José Maranhão ( PMDB ), assumiu o governo na quarta-feira, dia 18 de março, depois que o Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), anunciou a cassação do mandato de Cássio Cunha Lima ( PSDB ), por abuso de poder político e econômico na última eleição. José Maranhão já chegou colocando ordem, exonerou mais de mil funcionários de cargos comissionados, e ainda, cortando algumas gratificações de funcionários que ocupam cargos de confiança.

Após a revelação de que o Senado possui 181 diretores, o senador Arthur Virgílio ( PSDB-AM ), apresentou um projeto de redução de gastos com o dinheiro público, cortando pela metade os cerca de 3 mil cargos comissionados da Casa, pois a maioria desses funcionários sequer passam por concurso público. O parlamentar afirma que o Senado deve dar uma satisfação à sociedade, “para mim é muito doloroso não está discutindo a crise (...)”, disse.

O número de funcionários sem concurso público é muito alto, pois bastam eles terem o aval de um senador ou do diretor do departamento na qual irão trabalhar, devido a isso se dá o aumento, pois cada senador pode contratar até 25 secretários parlamentares sem concursos.

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( ) Sim
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