Por: Kadu Braga ( Mundo)
Uma auditoria no Senado revelou um escândalo nas diretorias, que chegam a ter 181 cargos das mais diversas funções, algumas delas inclusive muito inusitadas como, por exemplo; Diretoria para cuidar de garagem e até check-in. Depois das primeiras investigações o numero de cortes já chega a 50, gerando uma economia mensal de R$400 mil reais. O orçamento anual da folha de pagamento com os cargos “criativos” chegava a R$2,2 bilhões anuais.
Desde que o presidente, José Sarney (PMDB-AP), assumiu, o Senado vinha sendo alvo de muitas denúncias. O diretor-geral Agaciel Maia, foi o primeiro a deixar o cargo depois de ter sido acusado de ocultar em sua declaração de renda, uma mansão em Brasilia avaliada em
R$5 milhões. (veja imagens). Depois disso, a Casa teria feito pagamento de hora extra a funcionários, serviço não solicitado. Sarney se pronunciou sobre o caso, durante um discurso nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).
- "Estou há 45 dias lá, qual cargo foi criado por mim?", questionou. "Não posso dizer que não criei nenhuma diretoria porque não me lembro. Mas em 2001 é que fizeram a grande mudança”, disse.
O primeiro-secretário Heráclito Flores (DEM-PI), que tratou das 50 primeiras demissões, afirmou que, os cortes ainda não foram todos realizados e prometeu dar andamento nas investigações. Está sendo verificada também, a necessidade de continuar realizando projetos ainda em andamento como, por exemplo, a obra da construção de celas para crimes cometidos dentro da instituição, estimada em torno de R$ 600 mil.
- "Mandei suspender para analisar este caso," – comentou o secretário.
Durante o discurso realizado, o presidente do Senado, deu a entender que estaria sendo “escolhido” como possível culpado pelo escândalo das diretorias, e que está realizando seu
trabalho de maneira séria, e que a crise que a Casa atravessa, seria por sua “estrutura burocrática”. Segundo ele, deve se tratar de uma reestrutura administrativa profunda, que irá acontecer daqui para frente.
- “Nós não falamos mais de reforma administrativa e sim numa reestruturação profunda da administração da Casa”, disse Sarney.
Entre os funcionários, o clima depois da extinção dos primeiros cargos começou a ficar tenso. Muitos consideram que a lista divulgada, foi feita de forma atabalhoada para responder à pressão política. A auditoria para tirar a limpo o caso, está sendo realizada pela FVG. O Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pediu pressa para finalizar o estudo, no entanto, afirmou que dependendo das análises internas, os cortes podem ser imediatos sem ter a necessidade de esperar o estudo ser finalizado.
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