quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quem quer o terceiro mandato?

Por: Luana Alves (Opinião)

A ideia de mais um mandato para o presidente Lula pode ser considerada simplesmente como a continuidade de um trabalho já realizado durante oito anos ou, como muitos ditadores contemporâneos costumam dizer, um ato de continuísmo. Alguns países que permitiram a extensão da gestão de seu presidente por um período superior ao determinado pela democracia, nunca mais se libertaram dos mesmos. A ditadura se forma a partir do momento em que a democracia é alterada e abre-se as portas para o autoritarismo.

É fato que Lula é um presidente populista, bem como Hugo Chávez, na Venezuela. Se essa lei realmente fosse aprovada, ele facilmente se reelegeria quantas eleições disputasse, tamanho é o carisma com seu povo, oriundo da alta dose de assistencialismo que pratica. O mesmo provavelmente acontecerá na Venezuela, nas eleições presidenciais de 2012. A Venezuela, aliás, é um péssimo exemplo, já que o sr. Chávez, não satisfeito em permanecer no poder, também briga com a imprensa local que se opõe às suas bravatas.

No Brasil, os grandes interessados em mais uma reeleição de Lula são, sem dúvida, a cúpula do Partido dos Trabalhadores e seus históricos adversários que, curiosamente, hoje são aliados, quase amigos de infância. Porque a grande camada da população, manipulada e necessitada, não deve ser considerada como realmente interessada num terceiro mandato. Se ela tivesse acesso à educação de qualidade, saberia o peso da diferença entre ensinar a pescar, e não apenas dar o peixe.

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PSDB exige de Sarney compromisso contra 3º mandato de Lula

Enquete:

Você é a favor do terceiro mandato do presidente Lula?

( ) Sim, foi o governo que mais beneficiou as camadas mais carentes da população.
( ) Não, ele já teve oito anos para cumprir seu dever.

Fórum:

Caso a segunda reeleição não seja aprovada, você acha que o presidente Lula conseguirá eleger sua candidata Dilma Roussef? Por quê?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Lei da meia-entrada: benefício para quem?

Por Renato Scofield (Opinião)

A ideia inicial da lei da meia entrada para estudantes e idosos é excepcional. Acho bastante válido que se tente facilitar a a estes públicos o maior convívio com espetáculos culturais realizados no país. O problema só aparece na prática. Pois, afinal, o Brasil é o país do "jeitinho" e com isso todos tentam se organizar para aproveitar a oportunidade de gastar menos, mesmo que originalmente não fosse um benefício seu.

Quem não conhece alguém que tenha uma carteirinha falsa de estudante? Quem nunca pagou um preço inflacionado em um ingresso para evento? Por esses motivos, muitos criticam a lei da meia entrada. Os realizadores de eventos, que já calculam o "prejuízo" com as meia entradas, tentam se defender e acabam aumentando o valor dos ingressos. Medida que acaba afetando um outro público que não tinha nada a ver com isso. Aqueles que não tem direito a meia entrada e agem de acordo com a lei, acabam sendo penalizados com altos custos nos ingressos e se afastam dos eventos.

Uma possível solução seria acabar com a lei da meia entrada. Muitos acreditam que essa pode ser a melhor solução. Eu não acho. Isso afastaria de espetáculos culturais os principais alvos desse tipo de iniciativa: os estudantes. Normalmente por não terem ainda fonte de renda ou uma parcela considerável estar comprometida com os estudos. Afastando os estudantes destes eventos, teríamos uma perda de desenvolvimento por parte daqueles que serão os futuros líderes do país.

O fato é que do jeito que está, não pode continuar. A festa que cambistas e "espertalhões" com carteiras falsificadas fazem em todo tipo de evento só prejudica e torna inviável que aqueles que promovem estes eventos diminuam o preço dos ingressos. Não que seja o correto que determinado espetáculo seja negociado pelo dobro do valor devido a uma autoproteção que já prevê as despesas geradas pela enorme quantidade de ingressos de meia entrada, mas é possível compreender o raciocíno de patrocinadores e realizadores. Ninguém quer sair no prejuízo.

O que falta para a lei dar certo é fiscalização. Por parte de todos. Quem realiza o evento deve ter total fiscalização sobre aquele que está comprando. As instituições que fornecem os documentos utilizados para estas compras ilegais devem ter mais cautela e cuidado na hora de validar estes documentos. Além disso, a fiscalização deve partir de cada um. Não se pode achar normal que aquele amigo que tem uma carteira falsa adquira os ingressos pelo mesmo preço que você, que de fato é estudante. Quem está com carteira falsa deve se sentir constrangido. Assim como o cambista que lucra com esse tipo de atividade.

Da maneira que o cenário se apresenta atualmente no Brasil, é inviável que continuemos utilizando a lei da meia entrada. Apenas quando a fiscalização sobre a aplicação desta lei, na prática, for bastante rigorosa será aceitável que utilizemos os recursos da lei para que seja aplicada de maneira satisfatória para todos os lados envolvidos direta e indiretamente.

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MP convoca donos de casas noturnas para assinar acordo de meia entrada

ENQUETE
Você é a favor da extinção da lei da meia entrada como forma de dimunuição dos valores de ingressos para eventos? Vote!
( ) SIM. Se todos pagassem o preço considerado justo, os organizadores não precisaraiam cobrar além do necessário para garantir seus lucros.
( ) NÃO. A quantidade de ingressos comprados como meia entrada não influencia no valor final dos ingressos.

FÓRUM
Qual a melhor maneira para garantir um preço justo em eventos para a sociedade brasileira?Opine aqui!

Meia-Entrada: Justa ou não?


por Isabela Silvino (Opinião)

“A cultura é um direito de todos”, é o que sempre dizem os governantes, e a iniciativa privada. Visando realmente garantir esse direito a todos os cidadãos, o governo criou em 1996, a Lei de Meia-entrada, que garantiu um benefício de pagar a metade do valor do ingresso inteiro para menores de 21 anos, estudantes, idosos, entre outros.

Porém, a lei tem um pequeno problema: falsificadores de carteiras estudantis. E isso é sabido desde o início. O governo não fiscaliza, e pessoas que não são estudantes de fato, se aproveitam dessa brecha. E com isso, produtores culturais e exibidores de filmes no Brasil, alegam que estão com sérios problemas de verba, e aumentam cada vez mais os preços dos ingressos.

Mas precisamos analisar, será que o preço está realmente justo? O público tem dito claramente que não está. Já que o preço da meia-entrada passou a ser um preço equivalente ao da entrada inteira, e essa última dobrou o seu preço.

É preciso que o governo tome às rédeas da situação, para que abusos não sejam cometidos de ambos os lados. Nem do público, nem da iniciativa privada. Essa por sua vez, que ainda recebe incentivo fiscal, pela Lei Rouanet, quando oferece algum tipo de apoio à cultura no Brasil.

A questão é, novos projetos estão aparecendo para mudar a lei de meia-entrada, alguns deles bastante polêmicos como o projeto de proibir meia-entrada nos fins de semana. Proibir dessa forma, com certeza, não será a melhor solução para ninguém. É preciso sim, buscar uma saída, quem sabe com a fiscalização, para que o direito continue valendo para aqueles que realmente merecem.

Saiba Mais:

Meia-entrada para estudantes poderá ser proibida nos fins de semana

Ministro da Educação critica projeto sobre a meia-entrada

Enquete:

Você é a favor de uma maior fiscalização na Lei de Meia-entrada?
( ) Sim
( ) Não

Fórum:

O que você acha de proibirem a meia-entrada durante os fins de semana?

Quanto vale o show?


Por: Daniel Jardim (Opinião)

A cultura no Brasil pode ser vista por vários lados, mas dois deles destacam-se. O primeiro ponto a ser exposto é a riqueza do conteúdo cultural produzido no país: música, artes cênicas, espetáculos de dança – atividades artísticas de qualidade recheiam de som e cor a terra brasileira; sendo valorizados, inclusive, em várias nações por todo o globo. Já o outro lado da moeda diz respeito à distribuição e às políticas de cultura em geral.

Assim como praticamente todos os aspectos referentes a políticas públicas, a desigualdade também é marcante ao tratar-se de atividades culturais. Muitas cidades não possuem um palco sequer para que artistas possam demonstrar seus talentos; cinema, então, é raridade. Mesmo em lugares que contam com boa estrutura, como capitais, o acesso a espetáculos, filmes e shows é um privilégio para poucos, devido ao preço alto cobrado pelos ingressos.

Neste contexto, criou-se a Lei de Meia-Entrada para estudantes, em 1996, visando integrar pelo menos esta classe no circuito cultural de suas cidades. A iniciativa, de fato, incentivou alunos a comprarem mais ingressos para concertos, filmes e afins. Porém, foi um golpe bruto sentido nos bolsos de produtores culturais. A solução encontrada por estes empresários foi, então, gradualmente aumentar o valor dos espetáculos até que a “meia-entrada” custasse o mesmo que a ultrapassada entrada inteira. Agora, o ingresso havia dobrado de preço.

O cenário abriu espaço para o já conhecido “jeitinho brasileiro”. Pessoas que se recusam a pagar duas vezes o valor de um show ou cinema buscaram maneiras de burlar a lei, utilizando carteirinhas estudantis falsificadas para desembolsarem apenas metade do valor que pagariam caso não recorressem a este recurso ilegal. Um otimista pensaria que foi unicamente o teor fora-da-lei desta prática que levou o senador Eduardo Azeredo (PSDB - MG) a apresentar um projeto que proíbe a meia-entrada de quinta-feira a domingo, e também nos feriados; mas seria de uma ingenuidade digna de um “Ursinho Carinhoso” ou um “Smurf” acreditar que não há nesta proposta o interesse de muitos produtores culturais. Afinal, mais da metade dos ingressos acaba saindo por metade do preço devido a carteirinhas de estudante (sendo falsas ou não, este é o problema argumentado).

Tudo isto faz parte de uma triste realidade, onde os verdadeiros prejudicados são os artistas e o povo para o qual eles querem mostrar seu trabalho. Afinal, todos os intermediários (como produtores e exibidores) entre estes dois pólos acabaram beneficiando-se com este aumento indiscriminado no preço do ingresso, além de receberem o incentivo da Lei Rouanet por implementarem a meia-entrada em seus estabelecimentos. O pior é ver que, não satisfeitos, eles querem (ou não se preocupam em) aumentar ainda mais este abismo entre a cultura e a população.

Saiba mais:

Projeto de leis que fixa cotas para meia-entrada está na Câmara
Você é a favor da meia-entrada? Vote aqui:

( ) Sim. Pois dessa forma o acesso a espetáculos, filmes e outras atividades artísticas se torna mais viável;

( ) Não. Acredito que com o fim da meia-entrada os preços cairão .

Como as políticas públicas voltadas para a cultura poderiam ser mais eficientes? Opine aqui

Como manter a meia-entrada

Por Sylvia de Sá - Opinião

Iniciativas como a lei da meia-entrada são direitos que devem ser respeitados. A formação dos estudantes também depende de atividades culturais, por isso a importância de incentivos como este. A Lei Rouanet
beneficia empresas que patrocinam eventos culturais, o que deveria garantir o direito do cidadão.

No entanto, o alto número de falsificações de documentos estudantis gera polêmica e faz com que a própria meia-entrada seja o maior obstáculo para o sucesso da lei. Segundo as organizações, cerca de 80% dos ingressos vendidos são meia-entrada. Deste número, quantos compradores seriam realmente estudantes?

A alta dos valores cobrados pelos ingressos para cinema, shows e eventos, nos últimos anos, gera a desconfiança de que os organizadores cobrariam além do preço real para não serem prejudicados pelo número de ingressos vendidos pela metade do preço.

Na tentativa de melhorar o quadro, existem projetos em discussão desde o ano passado que pretendem proibir a meia-entrada nos fins de semana e feriados, ou limitar as vendas. Outra medida que ainda não foi aprovada é a criação de um documento único.

Em 1996 – época em que a lei passou a vigorar no Rio de Janeiro – apenas as carteiras União Nacional dos Estudantes UNE) ou da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) eram aceitas. Mas o preço cobrado para a emissão destes documentos (R$ 25) levou estudantes a reivindicarem pelo direito de usar as carteiras das suas próprias instituições de ensino.

Como resultado, em 2006, durante o mandato do deputado Carlos Minc, a Lei 4816/06 foi aprovada. Com a decisão, todos os estabelecimentos foram obrigados a vender a meia-entrada para qualquer carteira estudantil emitida pelas instituições de ensino. Mas fica a pergunta: Permitir documentos de todo e qualquer estabelecimento de ensino não seria exatamente a brecha para facilitar as falsificações?

SAIBA MAIS
Veja como a lei funciona em cada estado

Projeto do Senado proíbe meia-entrada nos finais de semana e feriados

Dúvidas sobre a meia-entrada


ENQUETE
Você acredita que o fim da meia-entrada diminuiria o preço dos ingressos? Vote aqui!
( ) SIM. Com o número de pessoas comprando meia-entrada com documento falso, os organizadores não vêem outra saída senão aumentar os preços.
( ) NÃO. A falsificação de carteiras de estudante não influenciam os altos preços praticados.

FÓRUM
Qual seria a melhor forma para evitar as falsificações de documentos? Opine aqui!

Meia-entrada: Um direito do cidadão

Por: Priscilla Sousa (Opinião)

Promover o acesso à cultura é um dever político. E a Lei de Meia-Entrada surgiu como uma maneira de inclusão daqueles que necessitam de mais esse recurso superficial de assistencialismo do governo para desfrutar das mais diversas manifestações culturais. Mas um projeto apresentado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que ainda se encontra em análise no Senado Federal, proíbe a utilização do benefício para estudantes e idosos acima de 60 anos nos cinemas de quinta a domingo além de feriados locais e nacionais.
Outro intento seria a revogação da Medida Provisória de número 2.208, editada em 2001, na qual o Governo Federal aboliu a exclusividade das entidades estudantis na emissão da carteira de estudante (Leia aqui o que diz esta lei). E desde então, qualquer documento de identificação emitido pelas instituições de ensino é válido para pagar apenas metade do preço nas bilheterias.

Uma das principais reclamações dos que aprovam a anulação da medida é a dúvida perante a atual validez desta lei. É bem verdade que os valores exacerbados para os mais diversos espetáculos culturais são explicados pela dificuldade do artista ou empresário do ramo em investir em uma produção que pode ter um retorno financeiro não muito favorável em virtude do benefício. Além disso, atualmente o desconto previsto pela lei não pode ser considerado equitativo devido ao aumento desproporcional no custo da “entrada inteira”, o preço total. Em contrapartida, mesmo que a medida fosse revogada, não há garantias de ocorrer uma redução de preços pois isso não seria vantajoso para os profissionais da área.

Outro problema recorrente são as adulterações nas carteiras estudantis. No fundo, é mais cômodo apontar o recurso da meia-entrada como o vilão para o já banalizado crime de falsificação ideológica pela contrafação das “carteirinhas de estudante” do que criar mecanismos voltados para a fiscalização e divulgação de informações relativas ao cumprimento da lei e suas possíveis punições. Confira aqui o infográfico para saber mais sobre o assunto.

Apesar das opiniões acaloradas e divergentes sobre a questão, o que não se pode deixar de notar é que qualquer que seja a medida voltada para integrar, no âmbito cultural, a parcela mais desfavorecida da população faz-se necessária tendo em vista que nenhuma outra solução foi apresentada pelos que detém o poder. Infelizmente o que se tramita no Senado não é a discussão pertinente sobre os direitos dos cidadãos, nem uma reformulação da lei e sim o interminável jogo de interesses financeiros dos envolvidos, entre eles distribuidores, organizadores e produtores de eventos culturais. Claramente favoráveis à limitação da meia-entrada, eles requerem alguma compensação do governo pelo benefício concedido. Segundo a relatora do Senado, Marisa Serrano, a indenização cobrada seria efetuada a partir recursos previstos pela Lei Rouanet, nº 8.313, do Programa Nacional de Apoio à Cultura, o PRONAC.


O que fica evidente neste imbróglio político é a defesa dos interesses individuais em detrimento ao do público. Apesar da Lei de Meia-Entrada (Veja aqui detalhes desta lei para cada estado) ser um recurso dúbio, visto que não é regulada diretamente por nenhuma lei federal, mas por legislação estadual ou municipal, é importante ressaltar que ela é um direito legítimo do indivíduo que paga seus impostos e, portanto, deve ser respeitada.

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Cinemark-RJ não poderá exigir boleto para meia-entrada

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Enquete: O consumidor comum acaba se tornando a maior vítima da lei de meia-entrada?
O Sim. Porque ele não será beneficiado com a permanência e nem com a anulação da lei.
O Não. Todos sofrem com a formulação mal-feita dessa lei.


Fórum: Muitas pessoas já processaram estabelecimentos comerciais devido a problemas com a compra de ingressos para shows, filmes no cinema, peças de teatro, etc. e alegaram que a lei que restringe a meia-entrada para estudantes e idosos (acima de 60 anos)é inconstitucional. E então, o que VOCÊ acha? Dê sua opinião!

Meia-entrada: crise ética

Por: Zani Matos (Opinião)

A lei de autoria do então deputado Carlos Minc (PT-RJ), que no começo previa, a venda de meia-entrada por casas de espetáculo, cinemas, estádios esportivos, como o Maracanã, exclusivamente a estudantes, que apresentassem carteirinha da UNE (União Nacional dos Estudantes) ou da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). Foi reformulada pelo próprio Minc, através da Lei 4816/06, que estabelece que devem ser aceitas as carteiras expedidas por colégios, escolas e universidades, desde que contenham o nome do aluno, sua fotografia, o ano letivo impresso e o carimbo do estabelecimento de ensino.
Em 2006, a UNE (União Nacional dos Estudantes) já admitia em manifesto que o número de carteirinhas emitidas para alunos de curso superior era maior que o número de estudantes matriculados nas universidades de todo o país.
Por outro lado, a classe artística e empresária do setor denuncia esvaziamento das platéias e bilheterias que chegam a 80% de meia-entrada. O preço dos ingressos dobraram. Logo, os 20% que pagam inteiras levam a pior. O ator e comediante Marcelo Médici, confirma sem constrangimentos:
“Hoje existe a falsa meia-entrada porque o preço é de ingresso cheio”.
A polêmica atual gira em torno da regulamentação da meia-entrada. Projeto de revisão da Medida Provisória, proposta por Eduardo Paes (PMDB-RJ), atual Prefeito do Rio de Janeiro. Existe consenso sobre a regulamentação, porém estudantes, classe artística e entidades divergem sobre controle e fiscalização. Lucia Stumpf, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) acha que a solução é a regulamentação das carteirinhas para acabar com os documentos falsos. Reconhece: “Desde 2001, perdeu-se o controle da emissão das carteiras. Não concordamos com a cota porque isso é limitar o direito conquistado pelos estudantes. Veem dificuldade na fiscalização que comprove a venda da totalidade da cota de meia-entrada”.
Já o presidente da Feneec (Federação Nacional das Empresas Exibidoras de Cinema), Ricardo Defini, briga pela cota de 40% de meia-entrada. Ele afirma que só a regulamentação não é suficiente para baratear o preço dos ingressos e fazer com que mais pessoas frequentem cinema e teatro."Tenho convicção de que é preciso um limitador para meias-entradas. Estamos perdendo público ano a ano porque o valor da entrada inteira é alto. E isso por quê? O preço é maior para compensar a quantidade de meias-entradas. "Entidades e classe artística puseram no ar um site que defende a regulamentação. (Conheça o site)
Diante disso tudo o que me resta... Vejo velhinhos bem vestidos, que almoçam nos restaurantes caros no shopping em trabalho que pagam meia-entrada. Leio na folha online que os ingressos para o show do Oásis para a pista VIP custavam: R$ 180,00 (pista) e R$ (400,00) pista-VIP “Os de meia-entrada para a pista VIP”, esgotaram rapidamente. Vejo alunos de cursos de pós-graduação de instituições, reconhecidamente, caras, pagarem meia-entrada no cinema...
A atriz, Fernanda Torres, conta que na peça “A Casa dos Budas Ditosos” se apresentou para platéias, de meia idade, onde 80% pagaram meia-entrada. Seriam estudantes que não poderiam pagar inteiras?... Uma amiga dela pagou R$ 30,00 por uma carteirinha de estudante numa pizzaria?...
A lei não cumpri ao seu objetivo que seria estimular e permitir acesso aos bens culturais aos que não poderiam pagar. Os estudantes cuja formação cultural é fundamental para o seu desenvolvimento intelectual pleno, não são os maiores beneficiados. Existe uma crise ética séria que abrange toda a sociedade. Aos que defendem os subsídios? Desculpem, não acham que já pagamos subsídios demais? Basta de auxílios moradia, passagem aéreas, auxílio vestuário para parlamentares!
Deixo aqui, um exemplo que deve ser conhecido por todos. A comemoração do Dia da Baixada Fluminense incluiu na programação, o projeto da atriz Fernanda Montenegro. O espetáculo “Viver sem tempos mortos”, levou o universo de Simone Beauvoir a São João de Meriti. Para muitos, essa foi a sua primeira apresentação de teatro. “Gente que nunca tinha visto um palco”, conta Fernanda. Esse público teve a oportunidade de ver fotos e objetos, assistir a filmes e trocar ideias com a atriz, sobre a vida e obra da pensadora francesa . Acredito nessa forma de acesso à cultura.

Saiba Mais
Enquete

Você acha que a Lei de meia-entrada realmente dá acesso a cultura àqueles que não
podem pagar?
( ) Sim, os estudantes e idosos menos favorecidos são os que mais aproveitam os
benefícios da lei.
( ) Não, a lei beneficia os que já possuem recursos e acesso à cultura.

Fórum
A quem você acha que interessa a regulamentação da Lei de meia-entrada?

O uso da Meia Entrada gera polêmica


Por: Maria Campos (opinião)

Está em estudo no Senado Federal projeto que altera a forma de utilização da carteirinha de estudante. Entre as propostas, consta do projeto que, para os cinemas, a meia-entrada não valerá aos finais de semana e feriados locais ou nacionais. E para outros eventos como, por exemplo shows e teatros, a meia-entrada não valeria de quinta-feira a sábado. A proposta também inclui a concessão do benefício para idosos acima de 60 anos. Porém, o projeto causa polêmica e divergência de opinião entre o público, que utiliza a carteirinha, e os empresários.
Representantes do Ministério da Educação, da Cultura e a Comissão da Juventude da Assembléia Legislativa vão discutir, em uma audiência pública, novas propostas para o uso das carteiras de desconto.
De um lado quem vive de teatro e cinema e shows propõe a criação de uma cota para meia entrada: apenas 30% dos ingressos poderiam ser vendidos com desconto para estudantes. Além disso, seria estabelecido um limite de idade: pessoas com até 21 anos, independentemente de serem ou não estudante, poderiam apresentar a carteira de identidade e pagariam meia entrada.
“Hoje está insustentável. Nós temos casos de mais de 90% da bilheteria comprometida com a meia entrada”, afirma a representante da Associação dos Produtores de Teatro Bianca de Felippes.
Já o Ministério Publico Estadual é contra a criação de uma cota para venda de ingressos, porque isso, segundo os promotores, não evitaria um dos principais problemas que é o uso de carteiras de estudante falsas.
Desde abril, o Mistério Público investiga irregularidades nos convênios entre agremiações estudantis e empresas privadas que emitem as carteiras de estudante. Para a União Nacional dos Estudantes, a solução é criar um modelo único que valeria para todo o país.
Todas essas propostas estão sendo discutidas por em uma audiência pública na Comissão de Juventude da Assembléia Legislativa do Rio. Participam do debate integrantes do Ministério da Educação, do Ministério Público Estadual e também representantes de entidades culturais e estudantis. A audiência pública que acontece na Assembléia Legislativa reúne os diferentes lados dessa discussão em busca de um consenso.
Ao que tudo indica, esse é só o começo de uma longa discussão. Um consenso que existe entre todas as parte é que tem que acabar definitivamente com a emissão falsa de carteiras de estudantes.
O promotor público Rodrigo Terra falou sobre a falsificação de carteiras de estudantes e afirmou que o principal objetivo das investigações é moralizar a meia-entrada e não acabar com ela ou pensar se ela é válida ou não.

“ Concordo que a solução não é acabar com o uso da meia-entrada, é sim ter uma solução para acabar com a falsificação das carteiras, afinal os preços dos espetáculos estão inacessíveis ao público estudantil, não só o estudantil à todos os públicos”.
Com a crise mundial, tudo esta muito mais caro é a primeira parte a ser afetada é a Cultura, então quem não é idoso ou estudante fica com muito mais dificuldades de acesso à cultura.
A solução no meu ponto de vista, não é favorecer as pessoas que estudam ou tem mais de 65 anos e sim a todos. A solução é uma nova lei que beneficie toda a população.

Saiba Mais:

MP e Procon defendem cumprimento da lei da meia-entrada

Para UNE, solução para meia entrada seria carteira nacional única

Lei de meia-entrada do Estado do Rio de Janeiro


Enquete

Você é a favor de acabar com a meia-entrada?

( ) Sim, muitas pessoas estão usando desse artifício para poder se dar bem, afinal de contas não são idosos e nem estudantes. Direitos iguais.

( ) Não, esse é um mérito que os estudantes e idosos não podem deixar de adquirir.


Fórum

Na sua opinião como acabar com a falsificação de carteira de estudante?





quarta-feira, 17 de junho de 2009

Polêmica da Meia Entrada.

Por: Flavia Manes (Opinião)


Em seu começo no Brasil, a lei da meia entrada parecia uma ótima promoção para os estudantes. Por cerca de cinco anos a lei funcionou muito bem no aspecto de acesso, preço, ideologia, parecia uma vitória dos estudantes, e na verdade era mesmo.
Com o tempo tornou-se um problema de magnitude nacional. Os “bilheteiros” começam a aumentar os valores dos ingressos, já, que, o volume da meia entrada não condiz com a média de estudantes, e a procura pelos mesmo se tornaria ainda maioria.
Nesse momento a situação já não era boa, ou começava-se a eliminar os podres de uma fraude eminente ou o mercado se tornaria uma guerra de cachorro grande.
Agora se pensarmos que o governo não volta à grana, nem investe em estrutura de legalização de documento que esteja nessa relação, da para entender os empresários. Eles pagam impostos em dia, que já é uma coisa difícil no Brasil, contas particulares, empregados, fornecedores entre outros. Na hora de lucrar, o camarada vem e fala, divide na metade e não terás desconto algum. Assim realmente fica impossível.
Segundo o presidente da ABRAPE (associação Brasileira dos promotores de evento), até na reforma agrária o governo paga por terras que não se usa, “fizeram graça com chapéu alheio”. Achei interessante a visão dele pos tenho vinte e seis anos e passei por uma época que os ingressos eram acessíveis e hoje ta difícil ir a um show internacional. Isso me parece furto da desordem em que o setor vive, e o pior, sem muitas alternativas ou soluções.
È o ramo em que mais existem entidades fantasmas na qual produzem a grande maioria das carteiras no Brasil. Hoje existem mais falsificadas do que originais, parece até a China. Hoje quando quero ir ao teatro ou show já penso em pagar preço de inteira, pos é isso que eu pago, na verdade os valores de meia já são tão absurdos que fica impossível cogitar a hipóteses de ir ao cinema, teatro e show pagando o valor de um ingresso inteiro.



SAIBA MAIS:


ENQUETE:

Você usaria uma carteirinha de estudante falsificada?

( ) SIM
( ) NÃO


FORUM:

Qual é a sua visão a respeito de falsificação de carteirinha estudantil?

Afinal: Para quem é o beneficio?

Por: Kadu Braga (Opinião)

O polêmico assunto da meia-entrada é discutível pelo direito dos estudantes por lei, de contarem com o beneficio. Contudo, hoje, o desconto já não pode mais ser considerado justo devido ao aumento desproporcional dos preços das entradas inteira. Isto é, esta supervalorização mascara o preço fazendo com que os não estudantes paguem um valor acima do normal.

Muito se discute uma padronização dos preços para todos terem acesso aos espetáculos de cultura, artes, entretenimento e esporte por exemplo. Se, quem tem poder aquisitivo para freqüentar estes eventos acaba se afastando pelo alto preço pedido nas entradas, as classes sociais de menor renda, então estão sendo excluídos do acesso à cultura e a diversão em nosso País.

Desde a lei federal de 1996 do governo de Marcelo Alencar, algumas coisas mudaram. Na ocasião, o decreto dizia que o estudante teria direito da aquisição com desconto através de carteiras credenciadas a UNE ou UBES, e não por carteiras vinculadas às instituições públicas ou particulares, o que facilita muito a falsidade ideológica hoje em dia.

Para chegar a um consenso sobre o assunto polêmico, irá acontecer uma audiência para discutir a lei (PL 4571/08), que disciplina o benefício do pagamento de meia-entrada. O que está sendo discutido é uma formula que seja favorável para todos, evitando o prejuízo do produtor do espetáculo e que o público compareça, sem prejuízos. É o que acrescenta o ministro Otávio Leite, do PSDB do Rio de Janeiro.

"Eu acho que 40% é razoável, é bem razoável. Nós estamos diante de uma realidade contra a qual ninguém pode questionar. Os preços dos espetáculos acabaram ficando muito caros, porque o número de estudantes e idosos ficou muito grande. Em uma reação de mercado, os preços foram se elevando. Então, quem não é estudante ou idoso fica com mil dificuldades de ir a um espetáculo. É preciso se chegar a um equilíbrio." – finalizou.

A realidade é que preciso haver um esforço de ambas as partes. As leis aqui no Brasil na maioria das vezes acabam favorecendo apenas parte dos interessados, e não todos. A questão é que o beneficio deveria ser pelo bem comum, não por interesse político ou de determinada classe social, credo, raça ou grau de estudo. O direito deveria ser igual para todos, já que não temos organização suficiente para que as leis sejam cumpridas e respeitadas

Veja também:

As distorções causadas pela meia entrada

MP e Procom defendem cumprimento da lei da meia-entrada

Enquete:

Você já falsificou carteira de estudante?

Sim ( )
Não ( )

As falsificações e a meia-entrada

Por: Márcia Soligo (Opinião)

É impossível não notar os altos preços dos eventos culturais atualmente no Brasil. Peças, espetáculos de dança e shows chegam a quantias exorbitantes de R$ 500,00, o que torna cada vez mais complicado comparecer a tais eventos. Contudo a culpa não é exclusiva das abusivas e interesseiras casas de shows, é também do próprio cidadão.


Há alguns anos a Lei da Meia-Entrada permitia que somente estudantes com carteiras emitidas pela UNE ou UBES pagassem metade do ingresso. Em 2006 a Lei 4816/06, proposta pelo atual Justificarministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, estendeu este direito para qualquer estudante, sem que precisasse pagar os preços impostos pelas organizações estudantis para obtenção da carteira. Esta nova facilidade acabou tornando a falsificação algo corriqueiro. (saiba mais sobre a lei da meia-entrada)

Com esta banalização das falsificações testemunhamos os preços de qualquer espetáculo cultural aumentar perceptivelmente. Se antes era possível assistir um show de algum artista internacional por cinqüenta reais, hoje não se paga menos que cem.

O que aconteceu é que os empresários do meio artístico e cultural tornaram o valor da meia no valor real da inteira, afastando os incapazes de falsificar carteirinhas dos cinemas, teatros e afins. (leia mais sobre as adaptações nos preços dos ingressos)

O grande problema é que a população parece não se controlar. O que era uma lei vantajosa para estimular o consumo de cultura pelos estudantes, foi totalmente deturpado por causa do famoso “jeitinho”.

Tornar a cultura alcançável para todos que compõem a sociedade seria essencial para formar cidadãos conscientizados, porém a meia-entrada no geral não funciona. Uma lei imposta pelo estado para casas de shows privadas, que não ganham nenhum tipo de subsídio ou auxílio fiscal não tem como vingar da forma como foi idealizada. O governo deveria dar algum respaldo para fazer dessa alternativa algo realmente viável.

A meia-entrada se tornou uma forma para o oportunismo de muitos, por isso deveria ser revista ou até mesmo extinta. Muitos artistas já estão se mobilizando para que seja feita uma nova lei sobre o assunto e diversos cinemas e casas de espetáculos se adaptando para não sofrer tantos prejuízos. O que realmente se espera é que com a mudança também venham preços menores e mais acessíveis, acabar com o direito da meia-entrada e manter os valores como estão seria um absurdo ainda maior do que falsificar carteirinhas. (leia mais sobre projetos alternativos para a meia-entrada)

Saiba Mais

- Projeto que limita venda de meia-entrada será analisado na Câmara

- A farsa da meia-entrada

- Para artistas cota da meia-entrada irá reduzir os preços dos ingressos em até 30%

Enquete

Você já falsificou carteira de estudante?
( ) Sim
( ) Não

Fórum

O que você acha sobre a meia-entrada? Ajuda ou atrapalha? Opine aqui:

Lei da meia entrada pode chegar ao fim

Por: Isabelle Caroline (Opinião)

Ir ao cinema, ao teatro ou a shows são atividades que fazem parte da vida de muitos jovens, conquistados a partir do benefício da lei da meia-entrada. Porém, esse benefício pode ter seus dias contados.
Um projeto aprovado no dia 9 de novembro de 2008, no Senado, prevê a restrição de no máximo 40 % de ingressos destinados à meia – entrada (para jovens e idosos). Desde que a lei foi criada,houve uma proliferação de carteiras estudantis, mesmo para quem nada tem a ver com estudos, o que é apontado como problema pelos produtores de eventos culturais.
O uso indiscriminado do benefício provoca prejuízo aos organizadores, pois a maioria paga a metade nos ingressos de cinemas e shows, mesmo não sendo estudantes. Graças a essa situação, os produtores acabam aumentando o preço dos ingressos, o que, caso a lei seja aprovada, um número maior de pessoas se afastaria dos eventos culturais.
Se houvesse um grande investimento na cultura e no lazer, por parte do governo, para justificar o grande número de impostos pagos pela população, o custo diminuiria e os cidadãos poderiam comprar um ingresso, sem apelar pela falsidade.
Um dos maiores exemplos disso é a pirataria. O governo sempre faz campanha contra a ilegalidade, mas não dá subsídios para que a população adquira um produto original. Quando eles resolverem agir em prol daqueles que os elegem, as coisas podem mudar.


Saiba Mais:

Benefício da meio entrada será tema de audiência pública

Projeto no Senado proíbe meia-entrada nos finais de semana

Distorções causadas pela lei da meia entrada


Enquete:

Você acha que a meia- entrada deve chegar ao fim?

( ) Sim, pois muitas pessoas que não são estudantes estão se aproveitando,levando prejuízo aos produtores culturais.

( )Não, os estudantes e idosos não devem ser prejudicados.


Fórum:

O que você acha que devia acontecer para que a farra da meia - entrada acabasse?

Jornalismo Colaborativo

Por: Isabelle Caroline (opinião)

O jornalismo colaborativo vem ganhando cada vez mais espaço nos veículos de comunicação. Uma vez que este visa estreitar a relação com o leitor na produção de conteúdo. Além de que, o cidadão comum pode estar onde os repórteres não estão,no exato momento em que os fatos acontecem.
Como exemplo de jornalismo colaborativo podemos analisar o Vc- repórter do site de notícias Terra e o Eu - repórter do jornal O Globo online. Para começar, em ambos os sites, o usuário necessita se cadastrar, onde autoriza o uso das informações, fotos, vídeos, e/ou áudios produzidos.
No site Terra, observa-se que as notícias têm abrangência nacional e há uma maior liberdade para o leitor, este não precisa ter18 anos, além de poder enviar conteúdos inclusive via celular.
No Globo online, as notícias possuem um caráter urbano. Jornalistas são proibidos de tentarem se promover através do site, ou mesmo de conseguir um furo de reportagem.
O jornalismo colaborativo é uma via de mão dupla, uma vez que viabiliza a colaboração do leitor pra a produção de conteúdo, estreitando laços e ganhando credibilidade com estes, põe em xeque a profissão de jornalista, já que não há critérios para a elaboração e veiculação da notícia, podendo ser feita por qualquer um.

Oportunidade ou discriminação?

Por: Márcia Soligo (Opinião)

A polêmica lei das cotas foi suspensa no dia 24 de maio pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por ser considerada de caráter discriminatório. Esta lei permitia uma porcentagem de vagas em Universidades públicas do estado do Rio para estudantes provenientes da rede pública, negros, pardos, índios, filhos de bombeiros e policiais.


Desde que nasceu a lei gera muitas discussões em torno de seu caráter, pois fica difícil pontuar em que momento a reserva de cotas deixa de ser uma solução para exclusão social e passa a ser discriminação por etnia ou condição financeira.

É impossível negar que no nosso país não há uma separação silenciosa entre classes. O ensino de qualidade sempre foi um “luxo” para a classe alta e média, e os problemas da rede pública desde o ensino fundamental são impossíveis de não serem notados. Por isso uma lei estabelecendo cotas poderia ser solução, se não possuísse tantas falhas e fosse claramente uma medida assistencial.

Infelizmente, tentar nivelar o ensino de qualidade quando o aluno chega à faculdade não resolve os inúmeros problemas de educação do país. É uma maquiagem para melhorar números e dados. Claro que considerar uma reforma completa no ensino público desde suas bases é algo extremamente radical, pois levaria anos. Contudo, acredito que alguma mudança deveria estar ocorrendo enquanto cotas são criadas, algo que possibilitasse a construção de um alicerce melhor e aproximasse o ensino das redes privada e pública.

Acredito que durante uma reforma educacional que pretenda trazer consciência, informação e cultura ao país, as cotas podem e devem existir. Porém devem ser direcionadas aos alunos com baixa renda familiar, sem nenhuma distinção de cor ou sexo, afinal, somos todos iguais e só precisamos de oportunidades para demonstrar talentos e vocações. Não é a nossa descendência que nos limita, e sim os cortes abruptos que a sociedade aplica em quem não pode bancar ensino, educação e uma formação cultural de qualidade.

Saiba Mais

- Justiça suspende cotas em Universidades do Rio

- Justiça Federal condede liminar a alunos reprovados em vestibular em consequência de cotas

- Procuradoria entra com recurso a favor de cotas


Opine

Qual é a sua opinião sobre as cotas? Esta é realmente a melhor solução?


Vote

Você é a favor da extinção da lei de cotas em Universidades Públicas?

( ) Sim
( ) Não


Jornalismo Cidadão

Por: Maria Campos (opinião)

Nunca os cidadãos tiveram tanto acesso à divulgação de notícias como nos dias de hoje.
A internet está possibilitando a qualquer um relatar os acontecimentos que julgar mais relevantes. Em sites colaborativos, os internautas, em conjunto, publicam reportagens e, em muitos casos, determinam quais fatos são os mais importantes para ganhar destaque na página.
Um dos exemplos mais intrigantes desse movimento vem lá da Coréia do Sul. O jornal virtual OhMyNews conta com nada menos do que 50 mil “repórteres amadores” espalhados pelo mundo inteiro. Sua audiência chega a 700 mil acessos por dia.
No Brasil, alguns serviços semelhantes ao OhMyNews- mas não tão populares, ainda, foram lançados pelos portais do IG e Terra. Todo o material enviado pelos internautas passa por um processo de checagem por uma equipe de jornalistas.
Os internautas enviam notícias que, de outra forma, dificilmente conseguiríamos descobrir.
São fatos como “um morto levanta num enterro em Salvador”. Coisas bem regionalizadas, diz a gerente de Conteúdo e Entretenimento do IG, Alessandra Blanco.
Segundo o diretor de Conteúdo do Terra, Antônio Prada, o canal “vc repórter” costuma receber cerca de 30 participações por dia, entre textos, fotos e vídeos. “Mas checamos todas as informações e selecionamos apenas o que é interessante, diz.” Mesmo produzido por internautas, o material precisa ter credibilidade.
A clínica geral Silvia Dickman, 37 anos, participa do Minha Notícia, do IG, e costuma enviar cerca de quatro reportagens por dia. “Quando estou inspirada, mando até seis.” Para escrever suas notícias de Saúde, meio ambiente e educação, ela sai à caça de novidades em sites do mundo inteiro.
Tem muitas coisas que não saem no Brasil, diz Silvia. “Pego essas notícias e complemento com o que sei sobre o assunto”, conta ela, que julga o jornalismo feito pelos internautas mais claro, direto e próximo dos leitores. “Vejo que há reportagens nos jornais que poderiam ser mais curtas e diretas. E é isso o que eu faço.
Em meio ao fenômeno do “jornalismo cidadão” na internet, os veículos tradicionais de mídia em diversas partes do mundo estão descobrindo que os leitores podem ser muito mais que espectadores das notícias.
BBC,CNN,Estadão, O Globo e Lance! São alguns dos veículos que abriram canais virtuais para receber fotos ou textos noticiosos dos cidadãos. As agências de notícias Reuters e Associated Press se associaram a sites de “ jornalismo cidadão” para distribuir fotos amadoras à imprensa do mundo todo.
Outro jornal que está apostando na participação do leitor é O Globo. Em seu site, há a seção Eu-Repórter, no ar desde 2006, onde as pessoas podem enviar textos, fotos e vídeos para publicação na internet e na versão impressa. “ Os leitores querem participar da cobertura”, explica o editor-executivo do Globo Online, Aloy Jupiara. “ E os jornais precisam mudar sua cultura. Está acabando aquela coisa de mão única, onde o jornalista escreve e o público só lê.

Saiba mais:

Jornalismo participativo está além do que acontece nos portais

Jornalismo participativo pode causar problemas com a Justiça

Brasil ganha novo jornal online participativo

Enquete: Você é contra ou a favor do Jornalismo Cidadão?

( ) Contra, acho que só os profissionais da área de jornalismo podem fazer essa função. Se não vira tudo uma bagunça.

( ) a favor, muito legal essa idéia de jornalismo cidadão, com isso todos podem participar das noticias e enviar matérias que não foram abordadas.

Fórum

O jornalismo colaborativo poderia ser adotado por todos os jornais? Opine aqui

Lei da meia-entrada: direito para estudantes e idosos?

Por: Andréa Filgueiras ( Opinião )

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), em dezembro de 2008, apresentou um projeto que proíbe a leia da meia-entrada para jovens e idosos com mais de 60 anos de idade, nos cinemas e programas culturais de quinta a domingo, além dos feriados nacionais, estudantis e municipais.
A cobrança da meia-entrada é justa, para que as pessoas sejam incentivadas à cultura, a arte e a conhecimentos no geral, para que todos possam usufruir da cultura de nosso país, pois todo cidadão tem direito ao lazer, entretenimento e a cultura, por isso a lei da meia-entrada não pode ser considerada como benefício ou farsa.
Existente a mais de seis décadas, a lei da mei-entrada foi criada para fazer com que jovens e idosos, freqüentem mais e mais os programas culturais, pois por serem muito caros, eles terão a possibilidade de pagarem menos.
Estudantes participaram de manifestações contra a cota de 40%, estipulado pelo governo, para que continue os 50 %. Os jovens possuem um grupo chamado de Fórum da Meia-entrada, na qual reúne estudantes de todo o estado.
Hoje em dia, mesmo não sendo estudante, pessoas conseguem imprimir carteirinhas falsas, pois antes elas eram disponibilizadas pelas entidades de ensino ligados ao movimento estudantil, devido a isso, empresas estão querendo deixar de aceitar essas carteirinhas. Porém, se o governo disponibilizassem maiores verbas a cultura, lazer e entretenimento, as empresas poderiam cobrar preços mais acessíveis para os programas culturais em geral.
A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, disse ser contra a restrição das carteiras nos finais de semana e feriados, pois são nesses dias, que principalmente os estudantes, aproveitam para se divertirem e adquirirem conhecimentos culturais.


Saiba mais

Ministro calcula que 80% das carteiras de estudantes são falsas
UNE diz que não vai aceitar restrição da meia-entrada

Enquete

Se for aprovada o fim da meia-entrada, o número de jovens e idosos com mais de 60 anos irão diminuir nos programas culturais?

( ) Sim. Por serem muitos caros os eventos culturais, jovens e idosos, irão diminuir suas idas a esses lugares.

( ) Não. Quem deseja realmente assistir a um programa cultural, não deixará de ir independente se tiver que pagar meia-entrada ou inteira.


Fórum

Qual a importância do fim da lei da meia-entrada para as empresas que prestam serviços ao entretenimento? Dê sua opinião.

Cotas: Medida preconceituosa?

Por :Barbara Cardoso

É considerado crime qualquer forma de discriminação seja ela social , racial entre tantas outras.E com essa lei de cotas que limitam um certo número de vagas para negros e classes sociais menos favorecidas não deixa de ser um preconceito .Porque haver uma divisão se todos somos iguais ?

É de conhecimento de todos, que o ensino público no Brasil é precário, mas não é com as cotas que isso será resolvidos.Por que os alunos que saem de colégio fracos e entram em uma faculdade com nível de dificuldade alto só pelas cotas , não consegue acompanhar o ritmo das aulas e dos demais alunos, formando um profissional despreparado para o mercado de trabalho.

O mal tem que ser cortado pela raiz , investir no ensino público desde o inicio do colégio e reforçar o que não foi aprendido para que todos possam competir de igual para igual no vestibular e entrar na faculdade por méritos próprios.

A lei foi suspensa no ultimo dia 25 levantando crítica a Justiça, Frei David ,diretor-executivo da rede de cursos Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) é a favor da lei e lamenta a decisão do Tribunal da Justiça.

Saiba Mais

Critíca à suspensão da lei de cota

Opiniões contra as cotas

Enquete: Você acha as cotas uma forma de preconceito?

( ) Sim. Pois provoca uma distância entre os favorecidos e os não favorecidos.

( ) Não. Pois eles possuem um ensino de péssima qualidade.


Fórum

Qual seria a melhor solução para a lei de cotas? Opine aqui

Lei da meia-entrada: benefício para quem?



Por: Mariana Pontual (Opinião)

Desde sua criação em 1996, a Lei da meia entrada vem causando muita polemica entre os estudantes e os estabelecimentos comerciais que devem cumprir esta lei. Segundo a lei da meia entrada, não fica explicito em nenhum artigo que o os estabelecimentos comerciais que cuprirem a lei tem algum incentivo fiscal ou econômico em nenhum sentido. Ou seja, não é justo com as casas de festas com eventos particulares, que essa lei seja imposta nas mesmas. Já que essas casas pagam seus impostos e são obrigadas a acolher uma grande remeça de meios pagantes, já que a lei acolhe alunos dos 1º, 2º, e 3º graus de qualquer estado nacional com e qualquer tipo de carteirinha emitida em território nacional seja da UNE (União Nacional dos Estudantes) ou de qualquer colégio de beira de esquina. Isso tudo nos levar a crer que o que seria realmente mais justo com os estudantes e as casas de festas, que os estudantes só poderiam pagar meia entrada em eventos financiados com dinheiro público ou que o governo de algum tipo de incentivo fiscal para as mesmas.

Podemos observar que desde a criação da lei de meia entrada, as pessoas que não são estudantes passaram freqüentar menos esse tipo de lugar, pois, desde a criação da mesma os ingressos ficaram muito mais caros para suprir a necessidade da casa de espetáculos de pagar os artistas, impostos, seguranças e etc... Ou seja, o que podemos observar com esses fatos é que a meia entrada é uma farsa, pois com a aumento absurdo dos ingressos para suprir o valor da meia entrada fica muito caro para que não é estudante freqüentar esse tipo de lazer. Com isso devemos nos questionar se o valor da meia entrada, não seria o valor da entrada inteira se não fosse essa lei?

Levando todos esses fatos em considerarão, devemos lembrar também que no Brasil pra tudo tem um jeitinho, ou seja, será que meia entrada não incentiva a falsidade ideológica? Pois se pensarmos racionalmente se você pode pagar R$ 25 porque pagar R$50? Hoje com o advento do computador em qualquer lugar que nossos olhos podem chegar (em casa, Lan House) dá para se falsificar uma declaração de colégio ou faculdade e alem disso, em qualquer papelaria vem carteirinha escolar é só você colar uma foto 3X4 e preencher seus dados e pronto você é um estudante de novo.

Saiba Mais:

Lei amplia meia-entrada para estudantes


As distorções provocadas pela lei da meia entrada

Senado vota lei que restringe meia entrada de estudantes

Enquete:

Você é a favor da meia entrada ? Vote aqui

( ) Sim, porque sou estudante e não tenho condições de pagar os preços abusivos dos ingressos.

( ) Não, porque não acho justo com as casas de festa e não é justo que apenas uma minoria pague meia entrada. Direitos iguais para todos.

Fórum:

Você acha que os estabelecimentos comerciais que cumprem a lei de meia entrada devem ter incentivo fiscal? Opine aqui.

Lei da meia entrada pode ter dias contados

Por:Barbara Cardoso(opinião)

No Brasil , apesar dos impostos serem absurdamente altos e possuir programas sociais voltados para ajudar a comunidade , o sistema ainda é muito falho. Todos se perguntam para onde vai tanto dinheiro arrecadado pelo governo , se nos hospitais faltam remédios e médicos, nas escolas faltam professores e total infra-estrutura .

A cultura e lazer então, foi esquecida por parte deles, não havendo qualquer incentivo, não ser a lei da meia entrada para estudantes e idosos. Em contra partida, o restante da população se sente lesado por pagar impostos normalmente e não ser beneficiado de nenhuma forma.
Como uma reação de revolta, começaram a surgir as falsificações de carteiras , aumentando o número de meia entradas mas permanecendo o número de estudantes nos estabelecimentos de ensino.

E com isso, formou – se uma guerra pois cada vez mais os programas culturais e de lazer tornam –se mais caro para que possam sobreviver pois o prejuízo com o elevado número de meia entrada.E ficando cada vez mais inacessível para os brasileiros não beneficiados.

Por conseqüência desse abuso, a lei de meia entrada pode estar com seus dias contados. Para dar certo e não ter nenhuma falcatrua , seria mais justo todos pagarem a mesma coisa porém o governo colaborando para que o valor integral do ingresso diminua.

Saiba Mais

Finais de semana podem ficar sem meia entrada

Opiniões diversas sobre a lei da meia entrada



Enquete:

Você acha que o governo vai ser justo na decisão sobre a lei?

( ) Não. Pois o governo ainda é falho demais.

( ) Sim. O governo vai entrar em acordo apoiando a cultura , possibilitando a diminuição do ingresso.


Fórum:

Qual a melhor solução para esse caso ? Opine aqui.

Lei da meia-entrada: benefício para quem?







Por: Andréia Homem (Opinião)



O País possui elevados impostos e taxas que devem ser pagos mensal e anualmente, valores que deveriam garantir segurança, saúde e lazer. Porém, além de pagar as contribuições civis, temos que gastar enorme quantia quando queremos nos entreter.



A meia-entrada, benefício para estudantes e idosos, garante acesso à cultura e entretenimento, que são fatores fundamentais para a educação e para a qualidade de vida, tanto dos estudantes quanto dos idosos.



Se o governo brasileiro investisse na cultura do país, o custo para o público ter acesso ao entretenimento seria mais barato, incentivando as pessoas a consumirem os valores sociais. Porém é tanta taxa e tanto imposto, e em contrapartida tão pouco investimento com o dinheiro público, que as casas de shows, os cinemas, os teatros e demais promotores de entretenimento, são obrigados a cobrar caro, no intuito de sobreviverem à globalização e sua acompanhante, a modernidade líquida.



Com a fluidez das atrações oferecidas, o advento da tecnologia, e a violência, que mudaram os hábitos do ser humano, artistas, músicos, e demais dependentes do público consumidor para sobreviver na área do entretenimento sofrem para manter suas vidas financeiras estáveis.


Claro que toda regra tem sua exceção, e como o próprio governo abusa do poder sobre os demais cidadãos brasileiros, quem tem empresas e pode cobrar caro por um serviço, eles cobram, dobrando, e em certos casos triplicando os valores das ofertas, defendendo suas atitudes na enorme quantidade de meias-entradas.



O problema começa na gestão do país, que pouco faz para mudar essa situação. Em vez de ter controle, e usar o dinheiro público arrecado para cumprir o que pregam, eles preferem fechar os olhos, arrecadar mais impostos em cima das instituições privadas, e demonstrar falsas ações através de leis da meia-entrada, cotas nas universidades. Dessa forma o povo reage, e da maneira mais incorreta, falsificando carteira de estudante, falsificando comprovantes de matrículas em instituições de ensino, pirateando CDs e DVDs, enfim, alimentando cada vez mais a ilegalidade. É direito de todo o cidadão cumprir seus deveres perante a sociedade, e usufruir qualidade de vida com saúde, segurança e lazer.

Saiba Mais




Proibição da meia entrada no final de semana



A briga da meia entrada





Enquete

Para você a Lei da Meia-Entrada faz diferença?
( ) Sim, sou estudante ou idoso, e usufruo o direito.
( ) Não, não tenho o direito a meia-entrada.
( ) Sim, não tenho direito, mas gostaria de ter.

Fórum

Discuta aqui a relevância da lei da meia-entrada para estudantes e idosos, e para as instituições prestadoras de serviços de entretenimento!

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terça-feira, 16 de junho de 2009

Cotas: Até onde é bom?

Por: Andréia Homem (Opinião)

As cotas sociais e raciais de certa forma se contradizem, pois dão preferência a determinadas etnias e classes sociais mais pobres, em detrimento de outras etnias e classes. A partir do momento que se abre vantagem de um sobre o outro, acaba-se separando, destacando os cotistas dos demais estudantes, como se eles fossem diferentes, o que na realidade não vigora, pois todos os seres são iguais, independente da etnia ou da classe social.

É passível de compreensão o fato de estudantes da rede pública não possuírem, em muitos casos, o mesmo nível escolar dos que freqüentam as instituições particulares, inclusive a falta de acesso aos materiais e livros também colaboram para um atraso. Mas cabe ao governo investir na educação do país, igualando o ensino, capacitando os profissionais da área, e cobrando dos alunos um retorno.

Na última semana de maio o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) defendeu a decisão do Tribunal de Justiça do Rio, de suspender as cotas sociais e raciais em universidades do estado – A medida provoca um acirramento de relações sociais e pode provocar discriminação no mercado de trabalho -, argumentou o deputado.

A UERJ defende o sistema de cotas e quis embargar a decisão judicial, inclusive foi a primeira Universidade no país a adotar esse sistema. O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, afirmou que o estado não descarta a suspensão do vestibular desse ano nas universidades estaduais caso a justiça não acolha o recurso feito pelo governo para reconsiderar a suspensão da lei.

Criar cotas para favorecer uns em relações aos outros é uma forma de “tapar o sol com a peneira”, uma medida eficaz para transparecer ações que visam melhorar a educação no Brasil, porém não faz justiça à qualidade de ensino e a seriedade da pré-seleção feita pelas Universidades Estaduais e Federais.
Enquete:
Para você a cota é:
( ) Boa, me favorece.
( ) Ruim, é uma forma de discriminação.
( ) Não tenho uma opinião formada a respeito.
Fórum:
Discuta aqui sobre o fim da Lei de cotas no Brasil!
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Meia entrada: ter ou não ter?

Por: Laís Ramos ( Opinião)
E m um país como o Brasil, onde os serviços básicos que devem ser prestados à população como: saúde, educação e lazer não são oferecidos com qualidade, surgem medidas assistencialistas como, por exemplo, bolsa família, cheque cidadão e bolsa escola. Programas que não resolvem os problemas, muito pelo contrário, maquiam a realidade, tapam a boca dos necessitados que vêem essas esmolas como um favor do governo.
A lei da meia-entrada surgiu com o objetivo de facilitar o acesso dos estudantes à cultura, uma maneira de incentivá-los a freqüentarem cinemas, museus, teatros, etc. Com a febre das carteirinhas de estudantes falsas a emissão desenfreada de carteiras por qualquer tipo de instituição, mesmo não sendo reconhecida pelo MEC, e o prejuízo dos produtores teatrais e empresários, trouxe à tona o debate sobre a real finalidade da meia-entrada. Esse assunto se tornou um tema polêmico entre estudantes, empresários, artistas, políticos e todos os cidadãos. A meia-entrada seria mais um falso benefício assim como os outros citados acima?
O que tem sido discutido é que com o crescimento de quase 80% da venda dos ingressos de meia-entrada, os teatros e cinemas estão sendo obrigados a aumentar o preço dos ingressos para obterem lucro, o que prejudica o público pagante de inteira. Outra discussão é que o preço da meia-entrada também é super faturado, e que se não existisse esse benefício, o preço dos ingressos seria mais baixo.
A realidade é que se a educação fosse de qualidade e o salário digno, não haveria necessidade de meia-entrada, pois todos teriam condições de pagar os eventos culturais. No entanto, no Brasil isso é utopia e por mais que essas medidas não sejam totalmente eficazes, muitas vezes são necessárias. Então, o que deve ser estudado é uma maneira de regulamentar a emissão das carteirinhas.


Tags: meia-entrada

Enquete- Você acredita que a meia entrada é um benefício? Vote.
( ) Sim. Pois os estudantes necessitam ter acesso a cultura.
( )Não. Pois as pessoas só querem tirar vantagem a prejudicam os empresários.
Fórum- Você acha a meia entrada deve acabar? Opine.

Saiba mais: Farsa da meia-entrada

Lei da meia-entrada: justo ou não?

Por: Rodrigo Guedes (Opinião)

A lei da meia-entrada, criada em 1996 por Marcelo Allencar, pode ser encerrada dentro de muito pouco tempo. Essa lei dá benefícios a estudantes, consedendo-lhes o direito de ter descontos de 50% na compra de ingessos para locais de lazer tais como cinemas, teatros, etc.

Infelizmente, como quase tudo nesse país, houve um abuso de direitos por partes de alguns que falsificam carteiras e documentos que "comprovam" que são estudantes. Logo, esse prejuízo está preocupando autoridades competentes.

Abaixar os preços e acabar com essa lei é o mais justo. Todos pagam a mesma coisa. Essa idéia de que estudantes se interessam mais por determinados tipos de espetáculos é uma farsa. Oportunistas sim, estão levando vantagens.

Nesse país se peca por excesso ou falta de! Nesse caso é excesso de querer conquistar um público que não se importa tanto com cultura, tirando uma minoria bem esclarecida. A solução é simples: abaixar os valores e tirar a vantagem deles!


Saiba mais:

Audiência vai discutir projeto que limita venda de meia-entrada

Projeto estimula visita a museus

Enquete:

Você é a favor do fim da Lei da meia-entrada?
() Sim, pessoas que não estudam se aproveitam disso.
() Não, não seria justo com os estudantes.

Fórum:

Quem sai mais prejudicado com o fim da Lei de meia-entrada?

Lei da Meia entrada: direito adquirido pelos estudantes do Brasil

Por: Karina Fernandes (Opinião)

Estudantes brasileiros ganharam o direito a descontos de 50% em ingressos para locais de diversão, espetáculos teatrais, musicais e circenses, cinemas, estádios e jogos esportivos de todos os gêneros e áreas de cultura e lazer. O benefício foi determinado pela
Lei da Meia-entrada. No estado do Rio de Janeiro, o texto foi autorizado pelo ex-governador Marcello Alencar, em 17 de Janeiro de 1996.

Com o passar dos anos e com o aumento da frequência de estudantes em eventos, pagando menos que outras pessoas, produtores e donos de estabelecimentos estão contestando a continuação dessa medida. Outro fator importante para essa posição é o crescente número de carteiras de estudantes falsificadas.

O texto, editado há 13 anos, não gera benefícios para os locais que oferecem meia-entrada. Para evitar conflitos entre empresários, Senado e grupos de estudantes, o Ministério Público afirmou ser a favor da
criação de uma nova lei, onde todos serão beneficiados. Uma solução poderia ser a determinação de meia-entrada para estudantes apenas em eventos que sejam patrocinados, parcial ou totalmente, pelo governo.

Com a permanência da obrigação de oferecer meia-entrada para estudantes do primeiro, segundo e terceiro graus, a solução encontrada para evitar prejuízos é o aumento dos valores dos ingressos, o que revolta as pessoas que não estudam mais.

O que não pode é negar esse direito aos alunos. Caso isso ocorra, é necessário reunir provas e procurar o
PROCON mais próximo de casa.



SAIBA MAIS

As distorções provocadas pela lei da meia entrada

Lei da meia-entrada pode sofrer mudanças drásticas

Lei da meia-entrada agrada produtores em Natal

Lei da meia-entrada no Rio é julgada inconstitucional


Enquete:

O Governo Federal deve votar uma nova lei para determinar a meia-entrada para estudantes em eventos esportivos, culturais e locais de entretenimento? VOTE AQUI.

( ) Sim, pois essa Lei atual só beneficia os estudantes e prejudica os empresários
( ) Não, deve deixar como está. Os proprietários destes estabelecimentos já ganham muito dinheiro e podem proporcionar este desconto aos estudantes.


Fórum:

Quais são as principais mudanças na Lei da meia-entrada que o Senado deve determinar para beneficiar a todos? OPINE AQUI.

Suspensão da Lei de Imprensa: o que realmente muda?

Por: Karina Fernandes (Opinião)

A Lei de Imprensa, editada em 1967, foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em votação histórica, no dia 30 de abril. Dos onze ministros que participaram do julgamento, sete foram a favor de tornar sem efeito por considerarem o texto incompatível com a democracia e com a Constituição Federal.

O que muda após esse cancelamento?

A partir de agora, os Juízes julgarão os jornalistas processados de acordo com a constituição e os códigos Civil e Penal. A Lei de Imprensa determinava penas de detenção mais duras para profissionais condenados por calúnia, injúria e difamação.
Com a suspensão, os jornalistas ganharam a sensação de maior liberdade para publicar suas matérias, sem o medo da repressão e da condenação rigorosa. Em contrapartida, perderam o direito de manter em sigilo sua fonte de informação. Mas ainda resta a dúvida: a liberdade de imprensa está garantida? Na minha opinião não, pois agora o Governo Estadual passa a controlar as notícias que chegam aos cidadão.

SAIBA MAIS

Você acha que o texto da Lei de Imprensa deve ser cancelado, mantido ou reformulado para os padrões atuais? OPINE AQUI.

Enquete:

Você acha certo o Superior Tribunal de Justiça suspender a Lei de Imprensa? VOTE AQUI.

( ) Sim, pois já estava na hora dos jornalistas serem julgados como pessoas comuns.
( ) Não. Os jornalistas são profissionais que lidam com notícias que podem prejudicar muitas pessoas e, por isso, devem ter um lei específica para eles.

Cotas: divergências podem prejudicar candidatos que dependem da reserva de vagas

Por: Karina Fernandes (Opinião)

Visando beneficiar negros, índios, egressos de escolas públicas e filhos de policiais e bombeiros, o sistema de cotas nas universidades públicas foi suspenso pelo Tribunal de Justiça do estado na segunda-feira (25/05). Há quem defenda a suspensão e quem seja contra. A decisão vem causando uma grande discussão na Justiça. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), por exemplo, vai pedir embarga da decisão seja para cancelar a liminar ou apenas para transferir para o Vestibular de 2010, já que o processo seletivo do segundo semestre já está em curso. A Procuradoria Geral do estado entrou com recurso contra a liminar.

Se pararmos para pensar, o sistema de cotas não deveria ser específico para negros, índios etc. Seria mais justo focar em estudantes das escolas públicas independentemente de sua cor ou descendência, pois vemos muitos negros que estudaram em escolas particulares e não precisariam ser beneficiados pelo sistema. Outro método para garantir que as cotas iriam para quem não tem recursos seria a solicitação de comprovantes de renda. Com isso, somente quem realmente não pode pagar por uma universidade particular.

O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, esteve na terça-feira (26/05) com o presidente do TJ, o desembargador Luiz Zveiter, para que a execução da medida seja, pelo menos, adiada. Cardoso declarou que, se necessário, vai à Brasília falar com cada membro do tribunal e declarou a liminar um “retrocesso”. Os estudantes que se beneficiariam com o sistema de cotas estão preocupados com a medida e aguardam o término das discussões.
Enquanto não sai a decisão, estudantes se preparam para a prova com uma preocupação a mais. Será que a Lei de Cotas vai servir para este ano? Como será resolvido este impasse? A única solução é esperar que tudo acabe bem sem prejudicar ninguém.

SAIBA MAIS:


Abaixo-assinado contra a suspensão judicial do sistema de Cotas


Fórum:

O que você acha da suspensão do sistema de cotas nas universidades públicas? OPINE AQUI.

Enquete:

Em sua opinião, os estudantes deveriam ir para as ruas e protestar contra a suspensão das cotas? VOTE AQUI!

( ) Sim, antigamente grupos de estudantes se reuniam para protestar e hoje quase não vemos a união dos jovens.
( ) Não, porque vai gerar conflito com a polícia e os maiores prejudicados serão eles.