Por: Kadu Braga (Opinião)
O polêmico assunto da meia-entrada é discutível pelo direito dos estudantes por lei, de contarem com o beneficio. Contudo, hoje, o desconto já não pode mais ser considerado justo devido ao aumento desproporcional dos preços das entradas inteira. Isto é, esta supervalorização mascara o preço fazendo com que os não estudantes paguem um valor acima do normal.
Muito se discute uma padronização dos preços para todos terem acesso aos espetáculos de cultura, artes, entretenimento e esporte por exemplo. Se, quem tem poder aquisitivo para freqüentar estes eventos acaba se afastando pelo alto preço pedido nas entradas, as classes sociais de menor renda, então estão sendo excluídos do acesso à cultura e a diversão em nosso País.
Desde a lei federal de 1996 do governo de Marcelo Alencar, algumas coisas mudaram. Na ocasião, o decreto dizia que o estudante teria direito da aquisição com desconto através de carteiras credenciadas a UNE ou UBES, e não por carteiras vinculadas às instituições públicas ou particulares, o que facilita muito a falsidade ideológica hoje em dia.
Para chegar a um consenso sobre o assunto polêmico, irá acontecer uma audiência para discutir a lei (PL 4571/08), que disciplina o benefício do pagamento de meia-entrada. O que está sendo discutido é uma formula que seja favorável para todos, evitando o prejuízo do produtor do espetáculo e que o público compareça, sem prejuízos. É o que acrescenta o ministro Otávio Leite, do PSDB do Rio de Janeiro.
"Eu acho que 40% é razoável, é bem razoável. Nós estamos diante de uma realidade contra a qual ninguém pode questionar. Os preços dos espetáculos acabaram ficando muito caros, porque o número de estudantes e idosos ficou muito grande. Em uma reação de mercado, os preços foram se elevando. Então, quem não é estudante ou idoso fica com mil dificuldades de ir a um espetáculo. É preciso se chegar a um equilíbrio." – finalizou.
A realidade é que preciso haver um esforço de ambas as partes. As leis aqui no Brasil na maioria das vezes acabam favorecendo apenas parte dos interessados, e não todos. A questão é que o beneficio deveria ser pelo bem comum, não por interesse político ou de determinada classe social, credo, raça ou grau de estudo. O direito deveria ser igual para todos, já que não temos organização suficiente para que as leis sejam cumpridas e respeitadas
Veja também:
As distorções causadas pela meia entrada
MP e Procom defendem cumprimento da lei da meia-entrada
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quarta-feira, 17 de junho de 2009
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