Por: Rodrigo Guedes (Opinião)
As cotas no Brasil parecem ser um assunto já esgotado, que ninguém agüenta mais. Mas não é tão simples assim. Quando surgiu em 2003, as cotas dispararam uma série de questionamentos: Resolve o problema? Não é uma forma de discriminar? A solução das desigualdades não tem outro viés? Quem sai favorecido e quem sai prejudicado?
Cotas são pura segregação. Além de não resolverem o problema do péssimo estado do ensino público no país, acabam gerando um preconceito ainda maior. Quando você enxerga um negro ou deficiente numa faculdade pública automaticamente imagina, mesmo sem conhecer a pessoa, que ele está ali pois foi “favorecido”. Você se consome estudando e uma pessoa só por ser negra, entra na sua frente numa faculdade. Isso é justo? Não. Isso gera igualdades? Claro que não.
O problema se resolve de fato quando se tem um Estado que quer resolver. O quê se deve fazer? Atingir a raiz do problema, ou seja as escolas públicas famigeradas. Melhorar as escolas é o único caminho. Senão, de que adianta entrar numa universidade pública e nada saber?
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