Por: Márcia Soligo (Opinião)
É impossível não notar os altos preços dos eventos culturais atualmente no Brasil. Peças, espetáculos de dança e shows chegam a quantias exorbitantes de R$ 500,00, o que torna cada vez mais complicado comparecer a tais eventos. Contudo a culpa não é exclusiva das abusivas e interesseiras casas de shows, é também do próprio cidadão.
Há alguns anos a Lei da Meia-Entrada permitia que somente estudantes com carteiras emitidas pela UNE ou UBES pagassem metade do ingresso. Em 2006 a Lei 4816/06, proposta pelo atual Justificarministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, estendeu este direito para qualquer estudante, sem que precisasse pagar os preços impostos pelas organizações estudantis para obtenção da carteira. Esta nova facilidade acabou tornando a falsificação algo corriqueiro. (saiba mais sobre a lei da meia-entrada)
Com esta banalização das falsificações testemunhamos os preços de qualquer espetáculo cultural aumentar perceptivelmente. Se antes era possível assistir um show de algum artista internacional por cinqüenta reais, hoje não se paga menos que cem.
O que aconteceu é que os empresários do meio artístico e cultural tornaram o valor da meia no valor real da inteira, afastando os incapazes de falsificar carteirinhas dos cinemas, teatros e afins. (leia mais sobre as adaptações nos preços dos ingressos)
O grande problema é que a população parece não se controlar. O que era uma lei vantajosa para estimular o consumo de cultura pelos estudantes, foi totalmente deturpado por causa do famoso “jeitinho”.
Tornar a cultura alcançável para todos que compõem a sociedade seria essencial para formar cidadãos conscientizados, porém a meia-entrada no geral não funciona. Uma lei imposta pelo estado para casas de shows privadas, que não ganham nenhum tipo de subsídio ou auxílio fiscal não tem como vingar da forma como foi idealizada. O governo deveria dar algum respaldo para fazer dessa alternativa algo realmente viável.
A meia-entrada se tornou uma forma para o oportunismo de muitos, por isso deveria ser revista ou até mesmo extinta. Muitos artistas já estão se mobilizando para que seja feita uma nova lei sobre o assunto e diversos cinemas e casas de espetáculos se adaptando para não sofrer tantos prejuízos. O que realmente se espera é que com a mudança também venham preços menores e mais acessíveis, acabar com o direito da meia-entrada e manter os valores como estão seria um absurdo ainda maior do que falsificar carteirinhas. (leia mais sobre projetos alternativos para a meia-entrada)
Saiba Mais
- Projeto que limita venda de meia-entrada será analisado na Câmara
- A farsa da meia-entrada
- Para artistas cota da meia-entrada irá reduzir os preços dos ingressos em até 30%
Enquete
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Fórum
O que você acha sobre a meia-entrada? Ajuda ou atrapalha? Opine aqui:
É impossível não notar os altos preços dos eventos culturais atualmente no Brasil. Peças, espetáculos de dança e shows chegam a quantias exorbitantes de R$ 500,00, o que torna cada vez mais complicado comparecer a tais eventos. Contudo a culpa não é exclusiva das abusivas e interesseiras casas de shows, é também do próprio cidadão.
Há alguns anos a Lei da Meia-Entrada permitia que somente estudantes com carteiras emitidas pela UNE ou UBES pagassem metade do ingresso. Em 2006 a Lei 4816/06, proposta pelo atual Justificarministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, estendeu este direito para qualquer estudante, sem que precisasse pagar os preços impostos pelas organizações estudantis para obtenção da carteira. Esta nova facilidade acabou tornando a falsificação algo corriqueiro. (saiba mais sobre a lei da meia-entrada)
Com esta banalização das falsificações testemunhamos os preços de qualquer espetáculo cultural aumentar perceptivelmente. Se antes era possível assistir um show de algum artista internacional por cinqüenta reais, hoje não se paga menos que cem.
O que aconteceu é que os empresários do meio artístico e cultural tornaram o valor da meia no valor real da inteira, afastando os incapazes de falsificar carteirinhas dos cinemas, teatros e afins. (leia mais sobre as adaptações nos preços dos ingressos)
O grande problema é que a população parece não se controlar. O que era uma lei vantajosa para estimular o consumo de cultura pelos estudantes, foi totalmente deturpado por causa do famoso “jeitinho”.
Tornar a cultura alcançável para todos que compõem a sociedade seria essencial para formar cidadãos conscientizados, porém a meia-entrada no geral não funciona. Uma lei imposta pelo estado para casas de shows privadas, que não ganham nenhum tipo de subsídio ou auxílio fiscal não tem como vingar da forma como foi idealizada. O governo deveria dar algum respaldo para fazer dessa alternativa algo realmente viável.
A meia-entrada se tornou uma forma para o oportunismo de muitos, por isso deveria ser revista ou até mesmo extinta. Muitos artistas já estão se mobilizando para que seja feita uma nova lei sobre o assunto e diversos cinemas e casas de espetáculos se adaptando para não sofrer tantos prejuízos. O que realmente se espera é que com a mudança também venham preços menores e mais acessíveis, acabar com o direito da meia-entrada e manter os valores como estão seria um absurdo ainda maior do que falsificar carteirinhas. (leia mais sobre projetos alternativos para a meia-entrada)
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