Arcebispo excomunga responsáveis por aborto de menor.

Por: Kadu Braga (Brasil)

O caso da menina grávida de nove anos, que estuprada pelo padastro e teve o direito de aborto, gerou polêmica na igreja católica. O arcebispo de Olinda e Recife, excomungou nesta quarta feira (4), a mãe, os médicos e todos os envolvidos no caso, onde para ele o aborto foi um crime, e que as leis dos homens não foram respeitadas e não parece se arrepender da atitude que tomou.

- "A lei de Deus está acima de qualquer lei humana. Então, quando uma lei humana, quer dizer, uma lei promulgada pelos legisladores humanos, é contrária à lei de Deus, essa lei humana não tem nenhum valor". - declarou o bispo conservador. No entanto, o caso não se deu por encerrado, pois até mesmo outras entidades decidiram se pronunciar sobre o caso. Até mesmo o teólogo e ex-professor da PUC de São Paulo,explicou a decisão da igreja. "É uma posição dura, difícil de entender, uma posição institucional. A Igreja perde um pouco da credibilidade perante seus fieis".

O aborto se consumou nesta quarta-feira, depois da aplicação de medicamentos que impediram a gravidez da menina que esperava gêmeos. Segundo um dos médicos da equipe que cuidou da menina, ela corria risco de vida se a gestação não fosse interrompida. -:"Se a gravidez continuasse, o dano seria pior, podendo levar a uma gravidez de alto risco. O risco existiria até de morte ou de uma sequela definitiva de não poder mais engravidar".- afirmou o médico.

O caso tomou tamanha proporção, que entidades da mulher, da criança e do adolescente decidiram se pronunciar sobre o caso quando tomaram conhecimento do que havia ocorrido com a menina, pois o procedimento adotado está dentro da lei , como criticou Carla Batista, educadora do SOS Corpo, apesar da alta peculiaridade do caso que comoveu diversas entidades.
-"Há organizações que não levam em consideração a vida dessa menina em um momento como esse e fazem um enorme desserviço em criar uma polêmica em torno de um caso que está garantido por lei e que há uma decisão da responsável pela menor no sentido de encaminhar dessa forma como está sendo encaminhado".

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