Por: Lara Martinho (Brasil)
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), revelou na semana passada (19) a existência de 181 diretores no Senado e nesta segunda – feira (23) já foram cortadas 50. Segundo José Sarney a crise que a casa legislativa atravessa se refere à "estrutura burocrática" do órgão, e não à sua gestão.
"Os problemas caíram no meu colo (...), tive que demitir diretores, afastei bancos agiotas, reduzi em 10% os gastos, chamei a Fundação Getúlio Vargas para fazer uma reforma administrativa que reduzirá custos e aumentará a eficiência", disse o presidente.
O primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), afirmou que o crescimento do número de diretoria veio acontecendo ao longo deste ano. Estima-se que a economia feita pela casa é de R$ 400 mil ao mês.
O Senado vem sendo alvo de denúncias desde a posse de Sarney. A crise vai além da disputa política entre o presidente José Sarney (PMDB-AP) e Tião Viana (PT-AC). O que há por trás é uma guerra silenciosa entre funcionários pelo poder administrativo do Senado, gestor de um orçamento de R$ 2,7 bilhões. Os senadores saíram de cena e o palco é dos servidores.
Além de hora extra em mês de férias, o Senado gastou aproximadamente R$ 84 milhões em ajuda de custo entre os meses de dezembro de 2008 e fevereiro deste beneficiando cerca de dez mil funcionários.
O novo presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), defendeu nesta quarta-feira (23) a execução de penas mais brandas do que a cassação para os parlamentares julgados pelo órgão. "O conselho não está aqui para punir ninguém, mas para zelar pela instituição", disse Araújo.
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