Por: Flavia Manes
O aborto foi consumado, a equipe médica diz estar dentro das leis humanas e preservar a criança de possíveis seqüelas ou até a morte. Igreja Católica condena e o Arcebispo do Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho excomunga todos os envolvidos com o aborto exceto a criança e diz, “Nenhum motivo justiça a morte de inocentes, mesmo que para salvar outra vida.”
Na manhã desta quarta-feira, dia 04 de março, foi consumado o aborto da menina de 9 anos que estava grávida de gêmeos. A menina que já vinha sido estuprada pelo padrasto desde os 6 anos, foi internada na noite de terça-feira no Hospital e Maternidade Pública do Recife. O padrasto confessou o estupro e a mãe diz não saber que isso vinha acontecendo.
O caso teve repercussão imediata dentro da igreja católica. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Jose Cardoso Sobrinho, reafirma e diz que a “que a lei de Deus está à cima de todas as leis humanas.” E para justificar sua ação ele completa dizendo que para os olhos da igreja católica, o aborto foi um crime e no quinto mandamento da lei divida é não matar.
A equipe médica responsável pelo aborto, diz que não foi uma decisão fácil. Mas eles decidiram em seguir as leis dos homens, já que nela havia duas indicações legais para a realização do aborto: Estupro e risco de vida. E a menina estava incluída nessas duas condições, e não podendo deixar com que uma criança de 9 anos pague com sofrimento ou com a própria vida. Se a gravidez continuasse, o dano poderia ser bem pior, podendo levar a uma gravidez de alto risco. O risco existira até de morte ou de uma seqüela definitiva de não poder engravidar – Explica o médico Olimpio Morais.
A Entidade de defesa da mulher, da criança e do adolescente diz não concordar com a decisão do bispo. O tecnólogo e ex-professor da PUC de São Paulo João Bastitiole diz, que é uma posição dura, difícil de entender, uma posição institucional. A igreja perde um pouco de credibilidade perante aos fieis.
A legislação eclesiástica prevê excomunhão para delitos graves, ficando a pessoa excluída da comunhão da Igreja. “O excomungado não pode receber eucaristia nem outros sacramentos, mas isso não quer dizer que a pessoa não pode se arrepender e voltar atrás. No dia em que a pessoa se arrepender profundamente e procurar a Igreja, será absolvido e acolhido.”
Saiba Mais:
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Forum:
O aborto foi feito e a Igreja Católica condenou. E você, acrdeita que o aborto era a melhor saída para o caso dessa criança de 9 anos grávida de gêmeos?
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